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20/04/2012 - 11h50

Biografia de vivos é tema de discussão na Bienal de Brasília

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JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA

Uma biografia nunca é definitiva, esteja o biografado vivo ou morto. Essa foi uma das linhas discutidas na noite de quinta-feira em palestra na primeira edição da Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em Brasília.

"O problema maior é que o vivo está vivo, está andando", disse o jornalista e escritor Fernando Morais.

"Imagina alguém ter feito a biografia do senador Demóstenes Torres e publicado dia 28 de fevereiro. Sem juízo de valor. Fez a noite de autógrafos no Piantella [restaurante de Brasília em que tradicionalmente circulam políticos]. No dia 29, prendem o [Carlinhos] Cachoeira. Você ia ter que mudar de profissão!", brincou Morais, arrancando risadas da plateia.

Morais ainda falou sobre o mal estar que teve com o escritor Paulo Coelho, que foi biografado por Morais e não viu os originais antes da publicação (acordo que ele conta fazer com todos). "Ele ficou muito mal impressionado. Diz que tudo o que eu escrevi é verdadeiro, mas que tinha medo daquele Paulo Coelho que tinha sido, tinha medo dele próprio."

Após o aborrecimento, Morais decidiu não fazer mais "biografia de vivos", mas voltou atrás com a possibilidade de escrever a história política do ex-presidente Lula.

"Estou animadíssimo, ansioso para retomar as gravações [interrompidas com a doença do ex-presidente]."

Morais debateu o tema com outros três biógrafos e jornalistas, Carlos Marcelo, José Roberto Burnier e a colunista da Folha Eliane Cantanhêde.

 

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