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14/06/2012 - 17h03

Mãe de Eliza Samudio fala sobre morte da filha em série de TV

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ELISANGELA ROXO
DE SÃO PAULO

"Eu tenho esperança de encontrar o corpo da minha filha", afirma por telefone, com a voz embargada, Sônia Fátima Moura, 44, a mãe de Eliza Samudio.

Ela participa de uma coletiva por telefone com a imprensa para divulgar o episódio da série "Até que a Morte nos Separe" sobre a jovem cujo desaparecimento há dois anos motivou a prisão de Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo. "Foi uma forma de eu mostrar à sociedade a necessidade de fazer justiça, pressionar os envolvidos. Por isso abri a boca para contar a verdade", ela diz.

O programa --produzido pela Prodigo Filmes para ir ao ar no canal pago A&E-- segue a mesma linha de recontar histórias de crimes do extinto "Linha Direta" (Globo). Sônia aceitou de imediato o convite para falar e diz que não recebeu dinheiro ou favores para participar do episódio. "Não tenho ajuda de ninguém, apenas dos meus familiares."

"Quando eu gravei o depoimento, estava mais fragilizada do que hoje. Agora consigo falar um pouco melhor sobre o caso. É dolorido, porém, com a ajuda da terapia, sou capaz de conversar sobre as coisas que me machucam."

Reprodução
Sônia Fátima Moura em episódio da série "Até que a Morte nos Separe"
Sônia Fátima Moura em episódio da série "Até que a Morte nos Separe"

Sônia comentou ainda que neste ano o neto, Bruninho, hoje com dois anos, também está fazendo terapia. Ela lembrou que Eliza, quando ainda era adolescente, numa conversa disse que não queria ter filhos. "Ela me disse 'mãe, eu não quero ter filho porque, no dia em que eu tiver, eu mato e morro pelo meu filho'. [...] E foi o que aconteceu", recordou.

Também se mostrou indignada com a possibilidade de o pai de seu neto ter liberdade provisória. "Eu gostaria que a Justiça determinasse que ele continuasse preso para pensar e refletir nas coisas que fez. E ter noção do mal que está causando para o filho dele."

Ela diz que não fala sobre o pai com o menino, mas está se preparando para o dia em que tiver de contar tudo o que aconteceu. A memória da mãe, porém, é estimulada com fotos e histórias sobre Eliza. "Ele sabe que eu sou a vovó e tem mãe Eliza", explicou.

Entre outros casos, a série tratou da morte da jornalista Sandra Gomide, assassinada pelo então diretor de Redação de "O Estado de S. Paulo", Pimenta Neves, e da menina Isabela Nardoni.

A Justiça de São Paulo, porém, proibiu a exibição do episódio que trata da morte do coronel da Polícia Militar Ubiratan Guimarães, ocorrida em setembro de 2006.

NA TV
Até que a Morte nos Separe
Episódio sobre Eliza Samudio
QUANDO às ter. às 23h, no A&E
CLASSIFICAÇÃO não informada

 

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