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09/07/2012 - 04h05

Fliperama - Antonio Prata: Flip Mesa Branca

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ANTONIO PRATA
COLUNISTA DA FOLHA

Como sempre, no crepúsculo da Flip, todos os olhos se voltam para a próxima alvorada: quem serão os autores convidados, em 2013? E o homenageado? Haverá mudanças no formato? Umberto Eco e Philip Roth se dignarão, finalmente, a vir?

Concordo com a "Ilustrada" da última quarta: depois de uma década, a Festa Literária precisa se renovar, e é pensando numa mudança radical que deixo aqui a sugestão ouvida de um casal de amigos, o cineasta Rodrigo Siqueira e a colunista deste jornal, Clarice Reichstul: a criação da Flip Mesa Branca, ou, quem sabe, a Fleip, Festa Literária Espírita Internacional de Paraty.

É inadmissível que, num país tão evoluído nas técnicas kardecistas, ainda tenhamos que nos contentar com os autores vivos, ridiculamente inferiores aos que já passaram desta para melhor.

Imaginem só a mesa "Ágora Viva", com Ésquilo, Sófocles e Aristófanes, mediada por Sócrates? Shakespeare, gênio da dramaturgia e também da produção, poderia dar belas contribuições aos debates sobre as leis de incentivo à cultura. Pero Vaz de Caminha, nosso primeiro escritor, (mesa "Em se Plantando, Tudo Dá?") conversaria com Sérgio Buarque de Holanda e o fervoroso ateu Christopher Hitchens voltaria para retratar-se, na mesa "Aprendizados do Além". Machado lançaria suas memórias pós-póstumas e, na Flipinha, haveria oficinas de mediunidade.

O homenageado não poderia ser outro: Chico Xavier, responsável também pela conferência de abertura. Outra inovação seria a mesa surpresa, em que o médium receberia o escritor que estivesse a fim de aparecer, na hora. Fica aí a ideia. Única forma, aliás, de acabar com essa mesma panelinha de sempre: a panelinha dos vivos.

 

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