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24/08/2012 - 03h13

Zubin Mehta rege Sinfônica de Heliópolis para plateia lotada de estudantes

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MORRIS KACHANI
DE SÃO PAULO

O concerto que lotou as dependências do Theatro Municipal na última quarta-feira (22), com o maestro indiano Zubin Mehta à frente da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, contou com a presença de uma plateia especial.

Dos 1.500 assentos, 350 foram ocupados por jovens que foram convidados pelos patrocinadores do evento. Havia alunos das escolas municipal e estadual de música. E 130 integrantes da ONG Instituto Criar.

A maioria dos integrantes do Instituto Criar nunca tinha pisado no Municipal. A atmosfera antes da abertura da casa era de ansiedade e curiosidade.

"Muita gente só via o tapete vermelho de longe e ficava morrendo de curiosidade. É um privilégio poder conhecer o teatro por dentro", afirmou Washington Felix, 18.

"Quando muito, o pessoal só conhece a música erudita pela programação da TV Cultura. Ou alguma coisa da Virada Cultural", acrescentou.

Usando tênis, moletons, calças largas, t-shirts com palavras de ordem e fones de ouvido (desativados) atravessando o pescoço, muitos tiraram fotos com o celular, antes, durante e depois do concerto.

Alguns protocolos foram quebrados. Por exemplo, os aplausos no intervalo entre as peças que compõem o Concerto para Violino de Beethoven, que contou com o solista Julian Rachlin.

"Foi a realização de um sonho. Assistir uma orquestra ao vivo é uma magnífica sensação", afirmou Marilia de Lima, 19. Um companheiro a seu lado se dizia impressionado com o hall de entrada, "parece coisa da realeza". Outro se aproximou do balcão onde era servido o café, a observar as cápsulas de Nespresso utilizadas pela garçonete.

Mas uma boa parte dos alunos precisou sair antes da execução da peça final, a Sinfonia Fantástica de Berlioz. É que o evento começou com meia hora de atraso e havia o risco de se perder a condução para casa.

O Instituto Criar foi idealizado por Luciano Huck e visa formar uma força de trabalho no setor de áudio-visual. São aceitos jovens de 17 a 20 anos já formados ou no terceiro ano do ensino médio de escolas públicas. Fazem parte do programa da ONG as saídas culturais, que consistem em visitas a museus, teatros e cinemas.

Sete empresas bancaram os ingressos, que custaram R$ 150 cada. O concerto, beneficente, teve sua renda revertida ao Instituto Bacarelli, que mantém a Sinfônica de Heliópolis.

 

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