Retrospectiva de Lygia Clark no MoMA vai relacionar performance com obra construtivista

Marcada para maio de 2014 no MoMA, em Nova York, a retrospectiva da neoconcretista Lygia Clark deverá relacionar suas performances e proposições sensoriais aos primórdios de seus experimentos construtivistas.

"Haverá uma espinha dorsal cronológica, mas vamos trabalhar vários períodos ao mesmo tempo", adiantou Connie Butler, que assina a curadoria da mostra com Luis Pérez-Oramas. "A ideia é aproveitar o público sólido que temos no museu para remontar alguns experimentos sensoriais da artista."

Estarão na mostra também as 12 peças de Clark já no acervo do MoMA, um dos museus com maior número de obras da artista. Etre as peças estão exemplares das séries "Superfície Modulada", "Espaço Modulado", "Obra Mole" e "Abrigo Poético".

	Divulgação
	A artista plástica Lygia Clark

Butler falou à Folha durante a abertura da retrospectiva de Clark aberta neste sábado (1) no Itaú Cultural, em São Paulo. Ela diz que tem viajado com frequência ao Brasil para estudar a obra da neoconcretista.

"Estou debruçada sobre os arquivos e os escritos dela", diz Butler. "Mas também estamos fazendo entrevistas com pessoas e críticos que conheceram a artista."

No cenário norte-americano, a mostra será uma espécie de apresentação à obra de Clark e se enquadra dentro do interesse recente de museus internacionais pelo movimento neoconcreto, além de fazer uma ponte com a retomada de mostras sobre performance que vem ocorrendo no museu nova-iorquino.