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15/09/2012 - 06h54

Milhazes é primeira do país a ganhar retrospectiva no Malba

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SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

A exposição da artista plástica carioca Beatriz Milhazes, 51, que é aberta neste sábado (15) no Malba (Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires), rompe algumas tradições.

Trata-se da primeira retrospectiva de sua obra num museu hispano-americano e a primeira de um artista brasileiro no Malba, uma instituição especializada na arte do continente.

"É impressionante como falta diálogo entre as culturas e como há dificuldades para organizar coisas entre os nossos países", disse Milhazes à Folha.

Para introduzir aos argentinos seu trabalho, de projeção internacional reconhecida, a artista e o curador da mostra, o francês Frederic Paul, resolveram fechar o recorte apenas nas pinturas. Ficaram de fora as colagens, gravuras e outros gêneros. "Como primeira mostra, achei bom focar naquilo que é o centro da minha produção desde os anos 1980", diz Milhazes.

As mais de 30 telas estão distribuídas de forma generosa no segundo piso do museu, que conta com bastante luz natural, ajudando a projetar as cores de suas telas.

Divulgação
A obra "O Mágico" (2001) compõe a exposição de Beatriz Milhazes no Malba
A obra "O Mágico" (2001) compõe a exposição de Beatriz Milhazes no Malba

A disposição das obras não obedece uma ordem cronológica, mas sua organização permite distinguir as diversas fases de seu trabalho, do início com muitas referências da cultura brasileira até a fase atual, mais abstrata.

Vieram quadros de coleções latino-americanas e dos EUA, entre eles "Os Pares" (1999), "O Caipira" (2004) e "Pierrot e Colombina" (2009). Na abertura da sala, está uma cortina realizada para um dos espetáculos de dança de sua irmã, a coreógrafa Marcia.

ACEITAÇÃO

Milhazes diz que não sabe como será a recepção do público argentino a seu trabalho, mas adianta que as diferenças entre percepções de distintos países não obedece a questões geográficas.

No México, por exemplo, diz que foi mais difícil ser entendida do que na Alemanha. "O México tem uma tradição figurativa, expressionista e com uma carga dramática que dificulta a leitura do tipo abstrato que eu desenvolvo. Já a Alemanha e a Inglaterra tiveram uma compreensão imediata porque têm forte relação com essa tradição", resume a artista.

A exposição fica em cartaz em Buenos Aires até o dia 19 de novembro.

 

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