Família de criador de 'Os Trapalhões' quer transformar suas cinzas em diamante

A família de Wilton Franco, criador de "Os Trapalhões" morto no sábado (13), quer produzir um diamante com suas cinzas. Franco foi cremado na noite de segunda-feira (15) no Crematório Vaticano de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Por enquanto, suas cinzas ficarão expostas no crematório, em local aberto para visitação 24 horas por dia. A família quer, depois, transformar parte dessas cinzas em um diamante: o carbono extraído delas passa por um processo químico que dá origem à pedra.

Criador do programa "Os Trapalhões", na antiga TV Excelsior, e diretor e apresentador do polêmico programa "O Povo na TV" (da então Tupi e depois SBT), Franco --que tinha 82 anos-- passou mal em casa e não resistiu enquanto era transportado para o pronto socorro da cidade no norte catarinense. Ele teve um princípio de AVC (acidente vascular cerebral).

Wilton Franco

Em 1966, ele criou "Adoráveis Trapalhões", que reunia Renato Aragão, o Didi, Dedé Santana, o lutador Ted Boy Marino, o cantor Wanderley Cardoso e o ator Ivon Cury. Com o tempo, alguns integrantes saíram e foram substituídos por Mussum e Zacarias. O programa ainda passou pela TV Record e pela Tupi antes de ir para a Rede Globo, em 1977, a convite de Boni.

Franco também criou, em 1965, o programa "Essa Gente Inocente", na TV Excelsior. Também dirigiu o programa de Hebe Camargo na TV Tupi entre 1974 e 1975. Na mesma emissora, foi diretor do programa "Aqui e Agora", no fim dos anos 70.

Ali ganharam notoriedade apresentadores como Wagner Montes, Sergio Mallandro e Cristina Rocha, além do então "advogado dos pobres" Roberto Jefferson --atual presidente do PTB, delator do escândalo do mensalão e condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção passiva no caso.

Franco foi responsável pela direção-geral de "Os Trapalhões" quando o programa começou a ser transmitido ao vivo, em 1988, e ficou no cargo até 1992.