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09/11/2012 - 05h32

Crítica: Filme traça ácido paralelo entre Hollywood e a CIA

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RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA

"Argo" são três filmes em um. Na primeira meia hora, é um drama político, baseado em fatos reais. Em protesto contra os Estados Unidos, iranianos invadem a embaixada americana em Teerã em 1979 e tomam dezenas de pessoas como reféns.

História de espionagem firma carreira de Affleck como diretor

Seis funcionários fogem e se escondem na casa do embaixador canadense. O agente da CIA Tony Mendez (Ben Affleck) é convocado para a quase impossível missão de tirá-los com vida do país.

Até aí, "Argo" se parece com um típico filme político dos anos 1970, com tom levemente crítico ao governo americano, escolhido a dedo para dar credibilidade a um ator que se aventura na direção.

Mas, quando a indicação ao Oscar de melhor diretor parece encomendada, o filme dá uma guinada e, na meia hora seguinte, se torna uma sátira a Hollywood.

O agente convence o governo de que a melhor estratégia para tirar o grupo é inventar um filme canadense e fingir que os seis funcionários da embaixada formam sua equipe.

Com a ajuda de um maquiador e um produtor, Tony inventa uma superprodução a partir de "Argo", um tosco roteiro de ficção científica.

É o mote para Affleck fazer um ácido paralelo entre a arte da dissimulação de Hollywood e da CIA.

Na hora final, "Argo" se torna um thriller mais convencional, mas não por isso menos empolgante, focado na arriscada missão de Tony em Teerã, com um elogio à engenhosidade americana.

É preciso reconhecer que Affleck dirige os três filmes de "Argo" com grande eficiência, mas brilha sobretudo na sátira a Hollywood.

O fato de pular de um gênero a outro sem sobressaltos mostra que, em seu terceiro filme como cineasta, ele alcançou uma maturidade que jamais demonstrou como ator, nem mesmo em "Argo".

ARGO
DIRETOR Ben Affleck
PRODUÇÃO EUA, 2012
ONDE Iguatemi Cinemark e circuito
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO bom

 

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