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14/01/2013 - 05h14

Obra reúne clássicos literários adaptados em HQs e ilustrações

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DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO

Para quem desconfia das adaptações de clássicos para quadrinhos, talvez seja um choque. Para os demais, será uma oportunidade de ler --ou reler-- obras essenciais da literatura narradas fora da estrutura padrão de parágrafos.

É a premissa da série "The Graphic Canon", cujo terceiro e último volume deve ser lançado em abril nos EUA. No Brasil, ela permanece inédita.

A trilogia reúne, em quase 1.500 páginas, um apanhado de obras que começa na epopeia de Gilgamesh e se espraia através dos séculos, indo além do cânone ocidental.

Divulgação
"Jabberwocky", de Lewis Carroll, adaptado por Eran Cantrell
"Jabberwocky", de Lewis Carroll, adaptado por Eran Cantrell

O editor da antologia, Russ Kick, sabe da encrenca que pode significar verter livros clássicos para o formato de gibis --a transição costuma torcer o nariz de alguns puristas. Diplomático, diz que o intuito era "demonstrar que essas histórias ainda têm significado" ao apresentá-las de uma nova maneira.

Kick avalia que seu trabalho é encontrar "a mistura certa de material". Ele já organizou outras coletâneas.

"The Graphic Canon" é a sua primeira experiência com histórias em quadrinhos. "Eu quis incluir o maior número possível de tipos de ilustração", diz à Folha. "Não queria que os desenhos se misturassem e parecessem a mesma coisa", afirma.

Divulgação
Arte do poema ilustrado "Jerusalem", de William Blake
Arte do poema ilustrado "Jerusalem", de William Blake

Daí a variedade de traços, desde o sujo de Robert Crumb até o estudo de perspectiva de Will Eisner --passando pelas linhas de promessas como Molly Crabapple. São cerca de 120 autores.

Nem todos fizeram quadrinhos, no sentido de narrar as histórias em arte sequencial. Alguns dos trabalhos são ilustrações, como o referente à obra da poeta grega Safo.

ESCOLHA

Cerca de 75% da antologia consiste em criações inéditas. Procurados pelo editor, os artistas convidados puderam escolher as obras que iriam desenhar a partir de uma lista ou sugerir outros títulos.

"Ninguém optou por 'Finnegans Wake' [do irlandês James Joyce], mas acredito que seja uma obra adaptável", palpita Kick.

O primeiro "The Graphic Canon" vai de Gilgamesh a "As Relações Perigosas" (Choderlos de Laclos). O segundo, até "O Retrato de Dorian Gray" (Oscar Wilde). O último termina em "Infinite Jest" (David Foster Wallace).

 

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