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06/02/2013 - 04h48

Para além do samba, rappers se aproximam da "elite" da MPB

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DE SÃO PAULO

Atestando seu bom momento e que não é um gênero desprendido da música popular brasileira, o rap e seus artistas se envolvem cada vez mais com medalhões da MPB.

O exemplo mais recente pode ser visto amanhã e sexta em show de Emicida e Rappin Hood com a Velha Guarda da Camisa Verde e Branco e o Berço do Samba de São Mateus, no Sesc Pompeia.

A ligação mais óbvia, com o universo da samba, ocorria desde os anos 1990. O que acontece, de uns tempos para cá, é uma aproximação com a "elite" da MPB.

Editoria de Arte/Folhapress

Criolo, por exemplo, recebeu a participação de Ney Matogrosso em show seu no Rio, cantou "Não Existe Amor em SP" com Caetano Veloso, no VMB, e viu Chico Buarque reverenciar a versão que ele fizera para "Cálice".

"O que mais me atraiu no Criolo foi o fato de ele não ter se fechado no gueto", diz Ney Matogrosso.

"Aquele lado jazzístico dele me encantou. Talvez estejam abrindo o leque", comenta o cantor, referindo-se ao fato de os rappers terem ampliado a temática das letras.

Já Emicida, que se apresentou com Wilson das Neves, discorda de um possível abrandamento do gênero.

"É um equívoco essa história de que a temática do rap abrandou", diz Emicida. "Há um trabalho em curso de diminuir o valor da minha geração por meio desse argumento, e isso me entristece."

Para o músico, a aproximação com ícones da MPB é natural e representa um "respeito à ancestralidade".

"Sou continuidade de Wilson das Neves, Pixinguinha, Mano Brown, Jackson do Pandeiro e da música brasileira que me antecedeu. Sem isso não haveria Emicida, Rael, Criolo ou rap brasileiro."

Quem também se "envolveu" é Rael da Rima. Ele gravou com Gilberto Gil em tributo à participação do Corinthians no Mundial da Fifa, cantou com Jair Rodrigues e lança disco em breve.

O movimento também ocorre no Rio. Shawlin lançou o álbum "Orquestra Simbólica", com participação de Luiz Melodia e show com regência de Arthur Verocai.

"Tem que abrir o leque para a variedade, a rapaziada sacou isso e tem feito um hip-hop interessante", diz Luiz Melodia, que terá seu filho Mahal cantando um rap em seu próximo disco. (LN)

EMICIDA E RAPPIN HOOD COM A VELHA GUARDA DA CAMISA VERDE E BRANCO
QUANDO quinta (7) e sexta, às 21h30
ONDE Sesc Pompeia (r. Clélia, 93; tel. 0/xx/11/3871-7700)
QUANTO de R$ 5 a R$ 20
CLASSIFICAÇÃO 18 anos

 

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