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Funarte promete reabertura do Teatro Brasileiro de Comédia para mês de outubro
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GUSTAVO FIORATTI
DE SÃO PAULO
O Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) vai reabrir suas portas em outubro, diz o presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Antonio Grassi. "Estamos fazendo de tudo para que isso aconteça no prazo", diz.
A instituição, ligada ao Ministério da Cultura, comprou o edifício no Bexiga há cinco anos, na gestão de Sérgio Mamberti. Até então, o TBC pertencia à empresária Magnólia do Lago Ferreira.
Marco da modernização do teatro brasileiro nos anos 1940, celeiro de nomes fundamentais nos anos 1950 e 1960, o teatro já havia passado por projeto de revitalização no final dos anos 1990, mas sem aportes públicos.
Durante quase cinco anos, apresentou seleção de boas peças. Em 2002, no entanto, sua diretora artística Fezu Duarte anunciou que não renovaria o contrato de locação. E o TBC voltou a fechar suas portas.
NOVO PROJETO
Segundo Grassi, o novo projeto arquitetônico para o TBC mantém apenas uma das quatro salas que havia naquele endereço. As outras três serão transformadas em um espaço multiúso, que poderá receber espetáculos, exposições e projetos em outros tipos de expressão artística.
Orçada em R$ 13 milhões, a reforma também prevê a criação de um café e a recuperação da fachada do prédio, hoje deteriorada.
Editoria de Arte/Folhapress |
Em março será lançado o primeiro edital de ocupação do espaço. Seguindo modelo que a Funarte tem empregado em suas unidades no Rio e em São Paulo, o TBC será destinado a residências artísticas de seis meses.
"A intenção é analisar projetos em todo território nacional, para receber grupos de todo o país", diz Grassi.
O projeto prevê ainda um espaço destinado à conservação e à exibição de acervos de artistas que participaram da história do TBC.
São fotografias, vídeos, programas de teatro e outros artigos que registram a passagem de nomes célebres por lá, entre eles os atores Sérgio Britto (1923-2011), Walmor Chagas (1930-2013), Cacilda Becker (1921-1969) e Paulo Autran (1922-2007) e os diretores Antunes Filho e o italiano Adolfo Celi (1922-1986).
A Funarte também está negociando com a viúva de Augusto Boal (1931-2009), Cecília Boal, a aquisição do acervo do diretor, hoje sob cuidados da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Segundo Grassi, se concluída a negociação, o conjunto será abrigado pelo Teatro de Arena Eugênio Kusnet, que fica no centro da cidade.
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