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23/05/2010 - 15h48

Filme coreano vencedor de mostra em Cannes faz lembrar Nouvelle Vague

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ANA PAULA SOUSA
da enviada especial a Cannes

Ao fim da sessão de "Hahaha", ontem à noite, um colega brasileiro fez um trocadilho: "É blá-blá-blá, né?".

É. Mas um blá-blá-blá em coreano com um quê de timidez e um clima que nos leva ao tempo da delicadeza.

O filme do sul-coreano Hong Sang-Soo traz um olhar terno sobre o mundo, algo raro na seleção deste ano.

Talvez por isso tenha conquistado o júri presidido pela cineasta Claire Denis, que concedeu a "Hahaha" o prêmio Um Certain Regard.

Nomes de peso, como o português Manoel de Oliveira, o francês Jean-Luc Godard e o chinês Jia Zhang-Ke tinham filmes nessa mostra.

Mas foi Sang-Soo, com sua aparente despretensão e personagens que guardam certa ingenuidade, quem levou o prêmio.

"Hahaha" faz lembrar, um pouco, os primeiros filmes da Nouvelle Vague francesa. Como alguns personagens de François Truffaut, de Godard e de Eric Rohmer, os jovens seguidos pela câmera de Sang-Soo andam e falam muito.

Acontece que a liberdade que eles buscam soa para nós, ocidentais, como eco de tempos passados.

E se ainda têm o poder de nos encantar é, simplesmente, porque como qualquer pessoa, em qualquer lugar, andam pelo filme em busca de alguém que faça suas pernas tremerem.

 

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