Crumb diz ter vergonha de ser norte-americano

O quadrinista Robert Crumb afirmou ter vergonha de ser norte-americano durante o início de sua mesa na Flip neste sábado. "Os EUA é um enorme centro do mal, de fascismo corporativista. Tenho vergonha de ser um cidadão daquele país", disse.

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Em seguida ele simulou que estava sendo atacado por bombas e pediu brincando: "Não publiquem isso nos jornais, não quero ser perseguido pela CIA".

Mais uma vez, o artista mostrou-se ranzinza, especialmente com os fotógrafos. "Eu não entendo porque as pessoas me colocam nessa situação, sou uma pessoa um tanto chata na vida real. E todos esses fotógrafos, e tudo... É muito desconfortável. Sinto-me extremamente desconfortável", disse mostrando os dentes para os profissionais.

Ao contrário de Crumb, o também quadrinista e convidado da mesa Gilbert Shelton disse gostar da experiência de vir à Flip. "É um privilégio ganhar uma viagem de graça para um lugar tão agradável e bonito como Paraty", disse sorridente.

O contraste ficou tão evidente que Crumb brincou: "Ele usa o chapéu branco e eu o preto. Ele é um cara legal e eu, esse idiota". E completou que ouvir uma banda em uma das ruas da cidade compensou toda a viagem. "Eu poderia passar a noite toda ouvindo", disse.

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