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Feira de arte contemporânea lança olhar mais atento sobre América Latina
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DA EFE
Com um olhar mais atento para as correntes artísticas da América Latina, a feira de arte contemporânea Arco apresentou hoje, em São Paulo, o projeto com o qual realizará seu 30º aniversário, uma edição marcada pela redução do espaço em adequação às turbulências da crise econômica.
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"Queremos conservar a qualidade das galerias, não o número. Era um espaço muito grande, com muitos espaços pouco aproveitados. Dimunir seu tamanho é mais adequado ao ciclo econômico", disse o diretor da feira, Carlos Urroz.
A nova configuração da Arco, que será realizada em Madri de 16 a 20 de fevereiro de 2011, manterá seu programa geral onde será possível ver a seleção de obras de galerias internacionais que exporão peças de vanguardas históricas, clássicos contemporâneos e arte atual.
"A Arco está mudando", disse Urroz, que acrescentou que atualmente a Espanha dispõe de centros docentes dedicados à arte contemporânea.
Uma das principais novidades desta edição é um espaço com obras de diferentes artistas da América Latina, que estão em processo de seleção por uma equipe de três funcionários.
"A Arco sempre olhou para a América Latina, mas desta vez buscamos oficializar isso", acrescentou Urroz.
"Os artistas latino-americanos são muito abertos, com formação e muito conhecimento do passado. Existe uma geração com um enorme potencial", acrescentou.
Segundo ele, Madri é uma porta de entrada na Europa para os artistas latino-americanos e a feira "não seria o que é" sem essa cidade, que definiu como "um ponto de encontro entre países onde ninguém se sente de fora".
Para Urroz, Madri é uma cidade que causa "fascinação" em artistas que sempre desejam visitá-la. Ele, no entanto, afirma que como "centro de produção artística" a cidade "se desenvolveu muito mais tarde" que outros núcleos urbanos.
Urroz também associou o conceito de feira de arte à tradição europeia e destacou a qualidade de outros eventos como a feira de arte contemporânea da Basiléia.
Uma das curadoras do espaço dedicado à América Latina, Daniela Pérez, explicou à Agência Efe que os artistas que estão sendo convidados para participar dessa edição "são jovens com uma carreira reconhecida".
Ela afirmou que se tratam de "projetos individuais que se distinguem pela forma" e que está sendo dada "prioridade ao projeto artístico".
Daniela acrescentou que os artistas latino-americanos têm "um dinamismo muito interessante" e que sua produção não está "inscrita em um circuito com regras definidas".
A apresentação na capital paulista do projeto da Arco, que também acontecerá em Moscou, Paris, Miami e Lisboa, coincide com a abertura nesta mesma semana da 29ª edição da Bienal de São Paulo.
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