Gael García Bernal retoma passado do México na produção coletiva "Revolución"

Em 2001, os amigos Gael García Bernal, 31, e Diego Luna, 30, encantaram os frequentadores da Mostra com "E Sua Mãe Também". Agora, os amigos mexicanos marcam mais uma vez presença no festival. Desta vez, como cineastas.

Eles integram o rol de dez diretores do longa "Revolución". Formado por dez pequenos curtas, o filme é uma reflexão sobre a Revolução Mexicana. "O conflito foi o que formou o México moderno. O que havia no país, antes, era um capricho colonial crioulo", diz Bernal à Folha por telefone.

"O projeto de 'Revolución' foi feito com dinheiro do Estado, mas com uma liberdade tremenda", diz.

O episódio do ator se chama "Lucio", sobre um garoto que passa o fim de semana preparando o discurso de honra à bandeira para a escola. "Ao mesmo tempo em que acontece um despertar espiritual, há também um despertar patriótico, que tem a ver com a mitologia da revolução", diz Bernal.

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	Cena do curta "Lucio", sobre garoto que prepara discurso de honra à bandeira

O lançamento de "Revolución", em 20 de novembro no México, marca o centenário do evento e será exibido simultaneamente no cinemas, no YouTube e na TV.

Bernal, ao lado de Luna, é produtor associado do filme. Há tempos, os dois investem em projetos atrás das câmeras, por meio da Canana, da qual são sócios.

A dupla ainda é responsável pelo festival de documentários Ambulante, que levou, em sua quinta edição, em fevereiro, 67 documentários para 13 cidades do México.

A estrela de filmes como "Má Educação" afirma que o lado cineasta tem a ver com uma reação pessoal "de querer contar uma história, de entrar nessa nova 'gramática' do cinema".

REVOLUCIÓN
DIREÇÃO Fernando Eimbcke, Patrícia Riggen, Gael García Bernal, Carlos Reygadas, Mariana Chenillo, Gerardo Naranjo, Rodrigo Plá, Rodrigo Garcia, Diego Luna
QUANDO terça, às 19h40, no Cine Sabesp; e dia 4, às 21h40, no Espaço Unibanco Augusta
CLASSIFICAÇÃO 18 anos