Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/12/2010 - 11h30

Sesc Belenzinho vai abrigar "pot-pourri" do teatro da década

Publicidade

LUCAS NEVES
DE SÃO PAULO

Até fechar para obras, em 2005, a unidade provisória Sesc Belenzinho era um dos principais pontos no mapa do teatro de pesquisa em São Paulo.

A programação de artes cênicas da reabertura, capitaneada pela mostra "Belenzinho Convida", sugere um ímpeto de recuperar o tempo perdido.

Foram escalados para ocupar as novas salas de espetáculos do complexo coletivos que ganharam proeminência nesta década que o Belenzinho testemunhou pela metade: Cia. do Feijão (que abriria os trabalhos ontem), Cia. Livre, Grupo XIX e Espanca!, entre outros.

Hoje e amanhã, a ordem é fazer a revolução. Em "Arena Conta Danton", montagem que estreou no fim de 2004, a Livre relê "A Morte de Danton", do alemão Georg Büchner, em chave contemporânea. O revolucionário mandado à guilhotina pelo ex-companheiro de luta Robespierre é a faísca que detona uma discussão sobre o desvirtuamento de ideais de transformação social e política, sua rendição à lógica do "matar ou morrer".

O traço lúdico que é caro ao grupo de Cibele Forjaz surge na adoção do sistema coringa, concebido por Augusto Boal, que prevê o revezamento dos atores entre os papéis para incrementar o distanciamento crítico em relação ao que se encena.

O sentido da revolução hoje é a mola de "Quem Não Sabe Mais Quem É, o Que É e Onde Está Precisa se Mexer" (2009), da Cia. São Jorge de Variedades. Três figuras se encontram num "aparelho" com portas secretas e decoração delirante para concluir: tudo começa por "destruir nossa ordem interna, sair de nós mesmos", como diz a diretora, Georgette Fadel _que também dirige e protagoniza o musical "Gota d'Água", no mesmo espaço, no dia 18.

Em registro mais intimista, "História de Amor (Últimos Capítulos)", criação de 2007, distancia o Teatro da Vertigem da monumentalidade que marcou sua produção desde os anos 1990.

Um despojado jogo metalinguístico acompanha o encontro de dois homens e uma mulher entre os quais surge um romance a três. O trio talvez disfarce simplesmente um dramaturgo, um diretor e uma atriz.

Lenise Pinheiro/Folhapress
Marcelo Reis, Patrícia Gifford e Mariana Senne em cena de "Quem Não Sabe Mais Quem É..."
Marcelo Reis, Patrícia Gifford e Mariana Senne em cena de "Quem Não Sabe Mais Quem É, o que É e Onde Está..."

-

BELENZINHO CONVIDA
Confira as peças que integram o festival

ARENA CONTA DANTON
Cia. Livre
Texto: Georg Büchner
Direção: Cibele Forjaz
Hoje, às 21h30

QUEM NÃO SABE MAIS QUEM É, O QUE É E ONDE ESTÁ PRECISA SE MEXER
Cia. São Jorge de Variedades
Texto: a partir da obra de Heiner Müller
Amanhã, às 21h30

HISTÓRIA DE AMOR (ÚLTIMOS CAPÍTULOS) (leitura encenada)
Teatro da Vertigem
Texto: Jean-Luc Lagarce
Direção: Antônio Araújo
Dia 12/12, domingo, às 18h30

MARCHA PARA ZENTURO
Grupo XIX de Teatro e Espanca!
Direção: Luiz Fernando Marques
Dia 17/12, sexta, às 21h30

GOTA D'ÁGUA
Grupo Breviário
Direção: Heron Coelho e Georgette Fadel
dia 18/12, sábado, 21h
(esgotado)

ORESTEIA - O CANTO DO BODE
Galpão do Folias
Texto: a partir da obra de Ésquilo
Direção: Marco Antonio Rodrigues
Dia 19/12, domingo, 18h30

SESC BELEZINHO
ONDE av. Álvaro Ramos, 991 (tel. 0/xx/11/2607-8000)
QUANTO R$ 24
CLASSIFICAÇÃO 14 anos

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página