Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/12/2010 - 14h23

Vargas Llosa diz que fundamentalismo islâmico é maior inimigo da democracia

Publicidade

DA FRANCE PRESSE, EM SANTIAGO

O prêmio Nobel de Literatura 2010, o peruano Mario Vargas Llosa, afirmou neste sábado, no Chile, que o fundamentalismo islâmico substituiu o comunismo como o maior inimigo à democracia.

"A cultura da liberdade continua tendo inimigos extremamente perigosos: o comunismo foi substituído pelo fundamentalismo islâmico como o maior inimigo que tem, no mundo atual, a cultura da democracia", assegurou o escritor, durante intervenção no encerramento de um fórum internacional de políticas públicas em Santiago.

De acordo com Vargas Llosa, o extremismo islâmico "não é tão forte como foi a União Soviética, mas é um desafio no qual militam fanáticos convencidos de que com a destruição da cultura ocidental e tudo o que ela representa vão ganhar o Paraíso".

Daniel Marenco - 14.out.2010/Folhapress
Retrato do escritor peruano Mario Vargas Llosa no Hotel Intercity, em Porto Alegre
Retrato do escritor peruano Mario Vargas Llosa no Hotel Intercity, em Porto Alegre

Vargas Llosa, que foi convidado ao Chile pelo grupo de pensamento Liberdade e Desenvolvimento, na comemoração de seu 20º aniversário, destacou que "o fanático religioso é extremamente perigoso sobretudo se está disposto a sacrificar a vida em nome deste modelo no qual acredita".

"O integrismo islâmico, que matou muitíssimos (mais) muçulmanos que pagãos ou cristãos, segundo sua denominação, representa uma minoria e parte de convicções religiosas e políticas tão absolutamente anacrônicas, em conflito com a modernidade, que jamais poderão derrotar a cultura ocidental", afirmou.

O premiadao escritor se dirigiu aos grupos terroristas islâmicos e assegurou: "não vão nos derrotar, mas devemos saber nos defender para não permitir que, aproveitando as instituições da liberdade, se infiltrem nas nossas sociedades e semeiem o terror".

"O terror muitas vezes fez as democracias renunciarem conquistas democráticas fundamentais, (mas) não podemos perrmiti-lo. A democracia não pode começar a usar as armas dos terroristas", concluiu.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página