Triângulo amoroso ganhará relevo no segundo ano de "Rookie Blue"

Os policiais novatos da 15ª divisão continuarão "ainda crianças nas ruas" na segunda temporada de "Rookie Blue", série que segue novos agentes em uma grande cidade da América do Norte, não nomeada na série.

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"Mas as investigações e a ação vão ser mais duras", afirma David Wellington, produtor-executivo da série. "E os conflitos românticos serão acentuados."

É para isso que Andy McNally precisa estar preparada. Personagem central da trama, a jovem policial terá no segundo ano a atenção ainda mais disputada (e dividida) por dois agentes veteranos: o rude detetive Sam Swarek (Ben Bass) e o charmoso investigador Luke Callaghan (Eric Johnson).

"Esse triângulo é realmente complicado. Além de eles serem policiais, trabalham juntos", diz Missy Peregrym, a intérprete da policial, que participou de alguns episódios de "Heroes". "E ainda tem a Gail, que flertou com o Sam no fim do primeiro ano", diz, sem mais revelar.

Em paralelo com sua vida amorosa, Andy terá de lidar, na nova temporada, com a sombra do pai, ex-policial cujo passado incerto ganhará mais relevo na trama.

Mais que um programa de investigação, "Rookie Blue", ao modo da série brasileira "9 mm", explora os dramas pessoais dos personagens.

"Mas trabalhamos muito para parecer duronas. Fomos treinadas por uma mulher ágil, que te algemaria antes de você perceber. Uma Lara Croft de verdade", diz Charlotte Sullivan, que vive a novata egocêntrica Gail Peck, referindo-se à heroína dos videogames.

"Na verdade, eu ficava mais boquiaberta assistindo-a. Mas, quando ponho o uniforme, sim, fico mais poderosa", brinca a pequenina atriz, imitando pose feroz do Hulk.

Para o próximo ano, Sullivan afirma que sua personagem estará "mais mórbida, louquinha, muito mais excêntrica".

	Divulgação
	A novata Andy McNally (Missy Peregrym) e o policial veterano Sam Swarek (Ben Bass) em cena da série canadense "Rookie Blue"

TIPO EXPORTAÇÃO

Filmada nas ruas de Toronto e com elenco canadense, "Rookie Blue" é uma série tipo exportação "já que séries policiais --e sobre seres humanos-- podem viajar", afirma o produtor-executivo.

Exibido simultaneamente na TV dos EUA e do Canadá, o programa não identifica Toronto como sede da divisão policial retratada --apesar de, aqui e ali, surgirem na tela ícones da cidade.

"Toronto é um dos lugares mais multiculturais do mundo", afirma Wellington. "É uma coleção de cidades. E é onde fazemos algo com qualidade equivalente a de um programa dos EUA gastando metade do orçamento."

Para ele, "Rookie Blue" é um exemplo de como atingir outros mercados e ampliar o universo das pessoas que fazem TV, driblando altos orçamentos da TV dos EUA.

No entanto, ele não revela quanto custa o programa, cujo segundo ano estreia em 2011 no Brasil, no Universal Channel --ainda sem data.

O jornalista GUSTAVO VILLAS BOAS viajou a convite da NBC Universal