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Courtney Love será processada por difamação no Twitter em ação pioneira
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MATT BELLONI
ERIQ GARDNER
DA REUTERS, EM LOS ANGELES
Courtney Love estava muito aborrecida.
A agitada roqueira estava envolvida num conflito com a estilista de moda Dawn Simorangkir, que exigia pagamento de roupas de alguns milhares de dólares.
Por isso, em 17 de março de 2009, Courtney Love entrou em sua conta no Twitter e começou a despejar insultos chocantes contra a estilista conhecida como "Boudoir Queen" (rainha do vestuário de senhoras).
As mensagens de Love, instantaneamente recebidas pelos seus cerca de 40 mil seguidores (e inúmeros outros, após a replicação das mensagens), diziam que Simorangkir era uma prostituta chegada às drogas, com uma história de ataques e agressões, que perdeu a guarda do único filho e tirou proveito da fama de Love antes de a roubar.
Chris Carlson/AP | ||
A cantora Courtney Love posa para fotos ao chegar na Billboard Music Awards, em Las Vegas, em 2006 |
"Ela recebeu de mim uma GRANDE quantia de dinheiro, acima de 40 mil dólares, e eu não torno as pessoas famosas e AINDA sou estuprada!," escreveu Love.
Essas tiradas, como outras que ela postou em plataformas de relacionamento social, incluindo MySpace e Etsy.com, nos quatro dias seguintes, formam a base de uma ação pioneira que dará entrada na Justiça de Los Angeles em 18 de janeiro: o primeiro julgamento por difamação envolvendo comentários de uma celebridade no Twitter.
"Nunca houve nada como este caso antes," disse o advogado Bryan Freedman, que representa Simorangkir e tentará convencer o júri em Los Angeles de que as falsas afirmações de Love destruíram a carreira dela como estilista, o que lhe dará potencialmente direito a milhões de dólares em indenização por danos.
Em uma era em que influentes figuras públicas, de Kanye West a Ryan Seacrest, se comunicam com milhares --algumas vezes milhões-- de pessoas em plataformas sociais, o caso de Love levanta a questão sobre se celebridades, do mesmo modo que a mídia, devem ser responsabilizadas pelo que acontece se divulgam intencionalmente afirmações falsas e danosas a seus leais leitores.
"Não acreditamos que haja difamação alguma, e mesmo que houvesse afirmações difamatórias, não houve danos," disse o advogado de Love, James Janowitz.
Uma questão-chave no caso, dizem advogados especializados na Primeira Emenda da Constituição dos EUA, seria se o usuário médio do Twitter iria interpretar os comentários ofensivos de Love como fatos em vez de mera opinião.
"Tenho interesse em ver se o tribunal dará às pessoas que escrevem no Twitter mais liberdade de ação do que à outras mídias," disse Alonzo Wickers, um perito em difamação, que tem atuado para clientes como "Comedy Central" e "TMZ".
"O modo como o Twitter se desenvolve parece ser mais o de um meio de expressão de opinião. Eu espero que as cortes dêem aos tuiteiros a mesma liberdade de ação que dão para um texto opinativo ou uma carta de leitores."
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