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Médico de Michael Jackson se declara inocente; julgamento é em 28 de março
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DA FRANCE PRESSE, EM LOS ANGELES
O médico de Michael Jackson, Conrad Murray, 57, vai a julgamento por homicídio culposo a partir do dia 28 de março.
A informação foi dada nesta terça-feira (25) pelo advogado dele depois da audiência na Corte Superior de Los Angeles, durante a qual foi lida a acusação formal.
"O doutor Murray, que alegou inocência, aguarda a oportunidade de contar finalmente a própria versão dos fatos", acrescentou.
A promotoria acusa Murray de ter administrado propofol, um forte analgésico, para ajudar Jackson a dormir, o que provocou a morte do cantor.
Durante as audiências preliminares, o promotor David Walgren afirmou que Murray cometeu várias falhas de procedimento que levaram à morte do rei do pop.
Segundo o promotor, Murray não chamou o serviço de emergência (911) de imediato e também não informou aos paramédicos o que havia feito com a vítima. O médico teria ainda errado no procedimento de reanimação do cantor.
Mike Segar - 24.abr.02/Reuters | ||
O cantor Michael Jackson (1958-2009) durante apresentação em Nova York em 2002 |
O paramédico Martin Blount revelou ao tribunal que Murray retirou material médico da mansão de Beverly Hills, onde o cantor faleceu, e que também negou, a princípio, ter administrado remédios a Jackson.
Blount disse ainda que quando os paramédicos chegaram à mansão de Jackson, o rei do pop já parecia morto, apresentando a pele fria e os olhos dilatados.
O depoimento de Blount respaldou a versão de seu colega Richard Senneff, para quem Jackson pode ter deixado de respirar entre 20 minutos e uma hora antes de sua chegada, quatro minutos após receber a ligação de emergência.
Blount afirmou ter visto Murray com uma injeção e que três frascos do analgésico Lidocaína que estavam no chão foram recolhidos posteriormente pelo médico.
Também testemunharam duas médicas do Centro Médico Ronald Reagan, que declararam a morte de Michael Jackson às 14h26 local do dia 25 de junho.
Segundo as duas médicas, Jackson estava morto quando chegou e Conrad Murray não informou, em nenhum momento, que havia administrado o analgésico propofol no astro pop.
A doutora Richelle Cooper disse que fez perguntas a Murray sobre os medicamentos tomados por Michael Jackson e que o médico citou apenas o ansiolítico Lorazepam.
A cardiologista Thao Nguyen confirmou que Murray jamais citou o propofol.
O médico Christopher Rogers, chefe do Instituto de Medicina Legal de Los Angeles, revelou que Michael Jackson gozava de boa saúde por ocasião do incidente que provocou sua morte.
Segundo Rogers, o rei do pop estava bem aos 50 anos, pesando 62 quilos e com 1,80m de altura.
Rogers, encarregado da autópsia de Michael Jackson, confirmou que a morte foi provocada por overdose de propofol, analgésico que o rei do pop utilizava como sonífero.
A uma pergunta sobre se manteria a qualificação de homicídio, mesmo sabendo que Jackson administrou por conta própria o propofol, Rogers respondeu que "diante da qualidade dos cuidados [dados por Murray], diria que sim, mesmo sem administrar o propofol".
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