Obras de Bizet e Beethoven abrem a Coleção Folha

Um dos títulos mais populares de todos os tempos e a única incursão de Beethoven no gênero são os dois primeiros livros da Coleção Folha Grandes Óperas. No domingo, chegam às bancas, juntos, o volume um, "Carmen", de Bizet, e o volume dois, "Fidélio", de Beethoven.

"Habanera", "Seguidilha", "Marcha dos Toureiros": lançada em Paris, em 1875, "Carmen" tem melodias que você certamente já ouviu e até sabe assobiar, mesmo que jamais tenha ouvido a ópera inteira.

De autoria do parisiense Georges Bizet (1838-1875), "Carmen", embora seja cantada em francês, é ambientada em Sevilha, na Espanha.

Conta o triângulo amoroso entre a sedutora cigana Carmen, o soldado don José e o toureiro Escamillo.

Na Coleção Folha, ela aparece em uma gravação feita em Viena, em 1954, sob a batuta do mítico Herbert von Karajan (1908-1989), que comanda um elenco glorioso.

A intensa meio-soprano italiana Giulietta Simionato (1910-2010) faz o papel título, o refinado tenor Nicolai Gedda vive don José e o barítono Michel Roux é Escamillo.

Se "Carmen" constitui a criação mais popular da escola francesa, "Fidélio" é um dos monumentos da ópera alemã.

Glorificação do amor conjugal e afirmação dos valores da liberdade contra a tirania, trata-se da única partitura operística de Ludwig van Beethoven (1770-1827), que rompeu os cânones herdados do classicismo e abriu caminho para a revolução do romantismo na música.

Beethoven revisou várias vezes "Fidélio" ao longo de sua vida e o resultado é uma partitura nobre e heroica.

Na Coleção Folha, "Fidélio" chega em uma gravação histórica, dirigida por um dos maiores regentes beethovenianos do século 20, o germânico Otto Klemperer (1885-1973).

A soprano Sena Jurinac, natural da Bósnia, encarna a esposa fiel e corajosa, que se veste de homem para liberar do cárcere espanhol o marido injustamente preso, cantado pelo brilhante e vigoroso tenor canadense Jon Vickers.

	Editoria de Arte / Folhapress