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02/06/2011 - 23h03

Cuba lembra centenário de nascimento de escritor homossexual

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DA FRANCE PRESSE, EM HAVANA

Cuba saldará uma de suas "maiores dívidas" culturais ao comemorar o centenário do nascimento de Virgílio Piñera, um de seus escritores mais importantes, marginalizado nos anos 1970 por ser homossexual, informou nesta quinta-feira (2) o jornal "Granma".

"Uma das maiores dívidas da cultura cubana será saldada com estes festejos", disse o órgão do Partido Comunista (PCC, único), acerca da homenagem ao dramaturgo, poeta, novelista e crítico, que morreu de infarte em 1979 aos 67 anos, em meio a um ostracismo editorial e público.

Uma comissão, presidida por seu amigo e agente literário, Antón Arrufat, começou a celebração que será concluída em agosto de 2012, quando o centenário for completado, com atividades acadêmicas, reedição de obras, publicação de textos inéditos e apresentações de teatro e dança.

Piñera, Arrufat e diversas figuras da cultura cubana foram marginalizados por serem homossexuais ou por terem posições políticas diferentes das oficiais na década de 1960 e 1970, fundamentalmente no batizado "Quinquênio Cinza" (1971-1975).

Autor da famosa peça teatral "Electra Garrigó", Piñera é considerado o mais importante dramaturgo de Cuba, apesar de também ter escrito romances, 10 livros de contos e seis de poemas.

Morou em Buenos Aires de 1946 a 1958, quando regressou a Cuba depois da vitória da revolução, onde colaborou com a imprensa, dirigiu editoras e publicou obras até 1971.

 

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