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13/06/2011 - 12h26

Estilistas da SPFW apontam desafios da moda brasileira

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VIVIAN WHITEMAN
EDITORA DE MODA

Começa hoje a 31ª edição da São Paulo Fashion Week. A temporada do verão 2012, cujo tema é "Futuros", inicia a segunda metade do plano de 30 anos idealizado pelo empresário Paulo Borges para a moda brasileira.

"Consolidamos um calendário de lançamentos. Conseguimos que a moda fosse reconhecida oficialmente como cultura pelo governo federal. Lançamos grandes talentos. Agora, o foco serão os negócios", afirma Borges, criador e diretor do evento.

Neste ano, Borges abriu um canal direto com a presidente Dilma Rousseff. Ambos, em conjunto com um grupo de ministérios e associações do setor têxtil, estudam medidas de incentivo à indústria e de redução de impostos para baixar preços.

"Temos que envolver os grandes grupos de investimento, os ateliês e as cadeias de lojas. Precisamos de medidas que potencializem os benefícios da sinergia entre diferentes negócios", analisa.

MÃO NA MASSA

Para os estilistas da SPFW, a falta de mão de obra qualificada é um dos grandes obstáculos do setor. "De um lado, todos querem ser estilistas, e não há espaço para tanta gente. De outro, temos a péssima qualificação nas áreas de costura e modelagem", explica o estilista Alexandre Herchcovitch.

"A engenharia têxtil tem de evoluir no Brasil. Para sermos mais competitivos, precisamos de melhores tecidos nacionais, de tecnologia", declara Reinaldo Lourenço.

Veterano da SPFW, Lino Villaventura defende avanços na educação técnica, em contraponto ao excesso de cursos de estilo. "Precisamos de gente que saiba produzir itens de alta qualidade e, para isso, necessitamos de uma revolução nos cursos técnicos do Brasil", afirma.

Para Lorenzo Merlino, ex-SPFW, é difícil que esses avanços ocorram a tempo de tornar o design nacional mais competitivo. "Não estamos ao pés da China, que vende produtos feitos com material sofisticado a preços irrisórios. Não teremos fábricas assim tão cedo."

Clô Orozco, da Huis Clos, acredita que uma das soluções para o mercado brasileiro não está nos grupos de investimento nem no luxo clássico, mas no "remix" entre design e produção em massa dos grandes magazines populares. "A parceria entre grandes estilistas e essas gigantes da produção [como C&A e Riachuelo ] traz a chance de massificar a moda com conteúdo", aposta.

 

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