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17/06/2011 - 07h00

Sensação da música erudita, Dudamel diz que idade não é fardo

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GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR

Na sua primeira apresentação no Brasil, o maestro venezuelano Gustavo Dudamel, 30, foi ovacionado pelas 1.500 pessoas que lotaram anteontem o Teatro Castro Alves, em Salvador.

Sensação da música erudita, o diretor da Filarmônica de Los Angeles (EUA) regeu a Orquestra Simón Bolívar (Venezuela), seu berço musical.

Na estreia brasileira, Dudamel guiou os músicos da Simón Bolívar --também jovens-- por obras dos latino-americanos Carlos Chávez e Evencio Castellanos e de autores célebres como Maurice Ravel e Igor Stravinski.

Eles ainda se apresentarão em Paulínia (SP), em São Paulo e no Rio, antes de partirem para Buenos Aires.

Festejado por onde passa como um fenômeno de carisma e energia, Dudamel viu sua carreira internacional decolar em 2004, quando venceu o Gustav Mahler Conducting Prize. Ele disse à Folha, em Salvador, que a juventude não é um fardo.

"Quando ganhei o concurso Mahler, foi um grande feito, porque envolveu convencer músicos que já foram regidos pelos maiores maestros. Foi um experiência intensíssima, mas o mais importante como jovem músico é estar bem preparado", disse Dudamel.

"Não se pode ficar parado na frente de uma orquestra, mesmo que seja infantil, sem estar preparado, sem ter buscado a excelência. Antes de exigir de uma orquestra, é preciso exigir de si mesmo --e eu sou extremadamente autocrítico e exigente."

Divulgação
O maestro venezuelano Gustavo Dudamel
O maestro venezuelano Gustavo Dudamel

O SISTEMA

Dudamel e os músicos da Simón Bolívar são frutos do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela, um programa social criado em 1975 com foco na educação musical e no fomento de pequenas orquestras formadas por crianças e adolescentes.

O alcance social e o mérito técnico, do qual Dudamel é o garoto-propaganda mais bem-sucedido, fizeram de "O Sistema" uma iniciativa replicada em outros país --inclusive no Brasil.

O maestro vê no Sistema um elixir para rejuvenescer a audiência da música erudita.

"'O Sistema' não é somente uma fábrica de músicos, mas sim de criação de cidadãos com cultura. Na Venezuela, os concertos têm um público com muitas crianças e jovens", afirmou ele.

 

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