Cerimônias marcam um ano da morte de Saramago

Para marcar o aniversário de um ano da morte do escritor português José Saramago (1922-2010), haverá amanhã uma cerimônia em Lisboa, à beira do rio Tejo, em frente à futura sede da fundação que leva o nome do autor.

Na ocasião, as cinzas do Prêmio Nobel serão enterradas junto à raiz de uma oliveira, trazida da aldeia de Azinhaga, onde Saramago nasceu. No local será inaugurada uma placa de mármore com a inscrição: "Mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia", extraída do romance "Memorial do Convento".

No sábado, promovido pelo Ministério da Cultura português, haverá um concerto no Centro Cultural de Belém, também em Lisboa, com apresentação da Orquestra Sinfônica Portuguesa.

A Casa José Saramago, na ilha espanhola de Lanzarote, onde o escritor viveu com sua última mulher, Pilar del Río, também vai promover homenagens.

Os eventos relacionados ao aniversário da morte do escritor estão listados no site da fundação: www.josesaramago.org.

Na mesma página, foi publicado um texto de Pilar del Río intitulado "Um ano sem Saramago".

"Um ano já sem Saramago. Como é possível, perguntar-se-ão alguns, se continua a publicar livros, se está nas conversas dos analistas políticos, se os jovens saem à rua com as suas frases escritas em cartazes ou em t-shirts, se há concertos de rock onde o aplaudem ou se organizam outros de música erudita em seu nome? Que estranha ausência é essa?", escreve a viúva.

NO BRASIL

Acaba de sair no país o livro infantil de Saramago "O Silêncio da Água", pela Companhia das Letras.

A mesma editora publicará até o ano que vem dois títulos inéditos. Possivelmente em novembro próximo, sairá "Claraboia", escrito em 1950 e rejeitado pelo editor de Saramago na época. Já "Alabardas, Alabardas! Espingardas, Espingardas!" será publicado em 2012.

	Tuca Vieira/Folhapress
	O escritor português José Saramago no lançamento do seu livro "A Viagem do Elefante", em 2008