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20/06/2011 - 10h10

Francês Edouard Salier leva mundo devastado ao clipe

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GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O videoclipe fofinho que o diretor francês Edouard Salier realizou em 2003 com os Tribalistas --para a música "Já Sei Namorar"-- pouco ou nada tem a ver com os filmes soturnos que o artista desenvolve hoje.

Digamos que Salier deixou sua meiguice de lado e passou a investir no terror --e foi com essa marca que, mais recentemente, acabou caindo nas graças de importantes bandas francesas e inglesas, como Air, Massive Attack e Justice.

Seus três últimos clipes partem de imagens de um mundo em colapso. Dois deles, "Splitting the Atom" e "Atlas Air", do Massive Attack, criam situações de guerra em um ambiente urbano "dark" e futurístico. Meio "Blade Runner" (filme de Ridley Scott), meio "Metropolis" (de Fritz Lang).

Divulgação
Imagem de "Flesh", curta de Edouard Salier que mostra uma chuva de aviões sobre NY, em referência ao atentado de 11 de Setembro
Imagem de "Flesh", curta de Edouard Salier que mostra uma chuva de aviões sobre NY, em referência ao atentado de 11 de Setembro

Em um trabalho mais recente, que acaba de ser lançado na internet, cria um mundo pós-humanidade.

No vídeo que acompanha a música "Civilization", da dupla francesa de música eletrônica Justice, sobraram sobre o planeta apenas búfalos pastando entre monumentos e resquícios de civilizações extintas.

O Cristo Redentor, por exemplo, aparece mutilado, sem a cabeça. Uma "homenagem" ao Brasil --país que, para Salier, é como "uma segunda casa".

Para o diretor, a representação de catástrofes não é pauta nova. Salier cita o quadro "Guernica", de Picasso, como referência de "arte que reflete a história". E elenca outros pintores espanhóis que o inspiram, como os catalães Tàpies e Dalí.

Suas animações dão cor surrealista a paisagens urbanas. "Sou fascinado pelas imagens de grandes cidades, talvez porque meu pai era arquiteto", ele conta.

Um curta sobre o 11 de Setembro, em especial, lhe rendeu alguns protestos: "Flesh" parte de imagens de mulheres projetadas sobre edifícios de Nova York, todas em situações eróticas.

Salier expande a sensação de pesadelo, com centenas de aviões caindo sobre uma cidade, que se transforma em destroços.

 

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