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16/07/2011 - 13h51

James Blake e Animal Collective promovem catarse em festival nos EUA

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ADRIANA FERREIRA SILVA
DE CHICAGO

O cantor britânico James Blake e a banda Animal Collective fizeram os shows mais excitantes da primeira tarde do Pitchfork Musical Festival, evento promovido pelo site de mesmo nome, no Union Park, ontem, em Chicago (EUA).

Blake encerrou o programa do palco "azul", um espaço onde se apresentaram outros nomes badalados do cenário indie, como a banda tUnE-yArDs e o trio de rap Das Racist. E nenhum deles decepcionou: Blake, 24, ao vivo, soa bem mais enérgico do que no disco que leva seu nome, lançado neste ano.

Suas músicas são eletrônicas, variando entre breakbeat, tecno e muitas experimentações. O diferencial está no vocal: um profundo lamento soul que destoa da figura frágil do rapaz, alcançando extensões de agudo que provocam arrepios.

Jose Sena Goulao-6.jul.2011/Efe
Cantor James Blake durante show no festival Optimus Alive em Lisboa (Portugal) no início deste mês
Cantor James Blake durante show no festival Optimus Alive em Lisboa (Portugal) no início deste mês

A plateia foi arrebatada por Blake, que revezou momentos atmosféricos a outros bem dançantes.

Na mesma linha, sem concessões musicais, foi a performance do Animal Collective, que fechou a primeira noite da festa no palco verde, um local maior, para os veteranos, onde tocaram Battles e Guided by Voices.

Em meio a uma decoração psicodélica, composta por cascatas de luzes coloridas e balões fluorescentes, o Animal Collective fez uma apresentação grandiosa. Sua sonoridade não é nada fácil: IDM (intelligent dance music), pop experimental ou eletrônica pop. Seja lá qual for a definição, criou um Carnaval, ao som do tecno cujas batidas descambaram num animado samba (sim, samba!).

NOVATOS

O tUnE-yArDs abriu o palco azul com um ritual xamânico. A vocalista, Merrill Garbus, rosto pintado num visual "índia moderna", entoava frases ao som seco de uma percussão que ela mesma tocava. Como os outros artistas do line-up, o grupo experimenta numa formação bem particular: além da percussão, apenas guitarra e dois saxofones.

O Das Racist foi a atração mais popular deste tablado. Fazendo um rap bem-humorado, o trio cantou e dançou sem parar, sobre bases que vão do rap comercial a estilos como miami bass e ghettotech. Foi o momento mais "teen" do dia, com adolescentes acompanhando todas as letras.

VETERANOS

Entre as 11 atrações que ocuparam os três palcos, destacaram-se ainda o guitarrista Thurston Moore, do Sonic Youth, e o trio Battles.

Moore mostrou seu projeto solo, no qual as guitarras são substituídas por dois violões, harpa e violino. As distorções, tão características do Sonic Youth, são criadas por esses instrumentos de corda, que se alternam em sonoridades barulhentas e harmonias viajantes.

Já o Battles fez música eletrônica e pesada num formato "power trio".

CALOR

O primeiro dos três dias de festival ocorreu sob um sol de rachar, com longas filas para comprar água e cerveja.

Apesar disso, tudo correu bem no extenso espaço ao ar livre, onde, além dos espetáculos, há uma feira que tem desde estandes de discos e pôsteres a bijuterias e produtos orgânicos.

O Pitchfork Music Festival continua hoje, com shows de DJ Shadow, Fleet Foxes, Gang Gang Dance e Zola Jesus; e amanhã, quando tocam TV on the Radio, Toro Y Moi, Cut Copy e Superchunk, entre outros.

 

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