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27/08/2011 - 04h06

Festival Back2Black começa com bons shows e grandes atrasos

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DO RIO

Com uma noite de muitos atrasos, bons shows de artistas desconhecidos do público (como Ana Moura e Tinariwen) e uma lotação média, o festival Back2Black começou ontem no Rio - e prossegue hoje com destaques como Chaka Khan e Jorge Ben Jor, este na vaga aberta pela ausência de Prince, e no domingo com Aloe Blacc e Seu Jorge e Almaz, entre outros.

A principal atração da primeira noite era Macy Gray, voltando ao país depois de sua última passagem turbulenta em 2009 (quando cantou duas músicas e foi embora, tanto em São Paulo quanto em Florianópolis, onde o caso acabou na delegacia).

Seu show, que começou com uma hora de atraso (à 1h), foi o mais cheio. O repertório incluiu boas canções como "Oblivion", covers de "Creep" (Radiohead) e "Do Ya Think I'm Sexy?" (Rod Stewart) - esta, num mix que teve ainda "Groove's in the Heart" (Dee Lite) e "The Ocean" (Led Zeppelin) - além do hit "I Try".

Gray se despediu depois de 90 minutos de show, mas voltou para um bis com uma versão de "Nothing Else Matters", do Metallica (uma das que mais teve o coro do público), "Beauty in the World" e "The Letter".

FADOS E CANÇÕES DO DESERTO
Os dois shows que antecederam a americana no palco principal foram boas surpresas para o público. A jovem fadista portuguesa Ana Moura foi a primeira a subir, com um atraso de 40 minutos. Acompanhada de um ótimo trio de cordas (viola, baixo e guitarra portuguesa), apresentou belas canções do gênero em que é especialista, como "Fado Vestido de Fado" e "Caso Arrumado".

Simpática e nitidamente feliz com sua estreia no Brasil, conversou bastante com o público e fez com que ele a acompanhasse com palmas em canções animadas como "Fado da Procura" e "Fadinho Serrano" (do repertório de Amália Rodrigues); contou ainda com a presença do sempre popular Gilberto Gil, com quem dividiu "Fado Tropical" (de Chico Buarque), "A Novidade" (de Gil), "Sou Filha das Ervas" (da própria Ana) e, ao fim, "Sítio do Pica Pau Amarelo".

Depois dela vieram os tuaregs (nômades do Saara) do Tinariwen. Vestidos à caráter - com turbantes, robes e véus - os seis integrantes (baixo, guitarra, violão, percussão e dois vocais de apoio) apresentaram a música típica de sua etnia, apoiados pelo entusiasmo e palmas do público, que chegou a vaiar o fim do show, quando notou que não haveria bis.

ALTOS PREÇOS, ALTOS ATRASOS
Em sua terceira edição, o Back2Black está dividido em três palcos espalhados pela desativada estação de trem da Leopoldina (centro do Rio).

Os atrasos da primeira noite começaram já no debate de abertura (com o egípcio Wael Ghonim e a afegã Jamila Raqib), mas a pior situação aconteceu no palco que se situa ao ar livre, o Compacto Petrobras - uma representante da empresa reclamou da pouca visibilidade da marca no palco e da presença da marca de outro patrocinador do evento nas proximidades.

Os shows marcados para esse palco - que deveria ter sido aberto pela banda Tono às 20h30 - só começaram às 22h40, após terem sido feitas mudanças para atender à Petrobras.

Além da Tono, Nicolas Krassik e os Cordestinos se apresentaram ali, em um show com forte influência do forró nordestino.

O terceiro palco era ocupado pelos DJs - Charles Gavin (que deveria ter começado às 23h30, mas só entrou depois do show de Macy Gray) e Pahty DeJesus com Nepal.

O público que pagou ingressos de R$ 100 por dia (ou R$ 250 pelos três dias) tinha como opção de alimentação comida pizzas, cachorro quente, acarajés e salada (a R$ 9 cada), cerveja e refrigerante a R$ 6 e água por R$ 3. Como havia um bom número de caixas e de barracas de comida para o público presente (que não chegou a esgotar os 4.000 ingressos disponíveis), não houve tumulto ou maiores filas.

 

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