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31/08/2011 - 14h19

George Clooney nega ambições políticas no Festival de Veneza

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DA FRANCE PRESSE, EM ROMA

O diretor e ator americano George Clooney, um dos astros de Hollywood mais politizados, abriu nesta quarta-feira o Festival de Veneza com "Tudo pelo Poder", filme sobre os bastidores da política, mas negou ter ambições eleitorais.

Veja galeria de fotos do festival

O quarto filme escrito e dirigido por Clooney, sobre os alcances insuspeitos da corrupção política, inaugura a competição oficial, que tem 22 filmes na disputa.

O drama trata da ambição e dos limites da ética pessoal centrada na face oculta da política, com Ryan Gosling e o próprio Clooney como protagonistas.

Alberto Pizzoli/France Presse
George Clooney posa para foto antes da sessão para jornalistas de "Tudo pelo Poder" em Veneza
George Clooney posa para foto antes da sessão para jornalistas de "Tudo pelo Poder" em Veneza

"Não tenho nenhum interesse em me expor desta maneira. Não quero um posto assim", declarou o cineasta após a exibição para a imprensa de seu filme, que aborda o cinismo e honradez na política.

"Não considero um filme político. Como todos os filmes que dirigi é muito pessoal", declarou Clooney.

O longa-metragem foi muito aplaudido durante a exibição para os jornalistas.

O filme ilustra os bastidores do poder, com suas intrigas políticas, vinganças, chantagens e assédios sexuais.

"É, antes de tudo, um filme sobre a moralidade", afirmou o cineasta, que considera este um tema universal.

"Cada país pode entrever o próprio escândalo sexual", declarou Clooney, ao ser questionado sobre o caso do francês Dominique Strauss Khan, ex-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional, que foi obrigado a renunciar ao cargo depois de ter sido acusado de crime sexual.

"Eu não dou conselhos a ninguém", comentou Clooney após a pergunta se o filme seria recomendado para o socialista francês.

Clooney, conhecido pela militância no Partido Democrata, já viajou a Darfur para relatar a tragédia no oeste do Sudão e todos os filmes que dirigiu até o momento apresenta um tom político, como "Boa Noite e Boa Sorte", sobre o jornalismo livre.

"Tudo pelo Poder", cujo nome original "The Ides of March" é uma referência à data correspondente do calendário romano (15 de março) na qual foi assassinado Caio Julio César em pleno centro de Roma, aborda um tema de grande atualidade e tem um elenco excepcional: Ryan Gosling, único ausente em Veneza, Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti, Marisa Tomei, Jeffrey Wright e Evan Rachel Wood.

"O público é quem deve identificar Brutus e Caio Cássio", os conspiradores de um dos grandes magnicídios da história durante o império romano.

O filme abre o desfile de estrelas do Festival de Veneza.

Durante 10 dias, até 10 de setembro, a mostra se tornará uma vitrine única para trabalhos de diretores renomados da sétima arte, como Roman Polanski, David Cronenberg, Abel Ferrara e Johnnie To. Até a estrela pop Madonna apresentará, fora de concurso, seu segundo filme como diretora, "W.E.".

O cinema brasileiro marca presença na mostra "Horizontes", com "Girimunho", dos diretores Helvécio Marins Jr. e Clarissa Campolina.

O homenageado deste ano no festival será o diretor italiano Marco Bellocchio.

 

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