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Feira de arte Art Rio estreia com incentivo estatal
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FABIO CYPRIANO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
"Quem diria, carioca voltando para o Rio para ver feira de arte", comentou, irônico, um dos passageiros da ponte aérea, anteontem.
O espanto não é de estranhar. Cidade onde mora a maioria de artistas brasileiros de destaque no cenário internacional, como Tunga, Ernesto Neto, Adriana Varejão ou Beatriz Milhazes, o Rio não conseguia emplacar um evento com o "moving circus" das artes plásticas.
Com a primeira edição da Feira Internacional de Arte do Rio de Janeiro, Art Rio, aberta para convidados anteontem, essa situação dá sinais de mudança. O evento já começou grande, reunindo 83 galerias (33 estrangeiras).
Divulgação | ||
Imagem de quadro de Lasar Segall à venda na Art Rio, feira de arte no Rio de Janeiro |
Faltaram mesmo algumas galerias paulistanas importantes, como Luisa Strina, Casa Triângulo, Luciana Brito e Fortes Vilaça. Todas, porém, já decidiram participar em 2012. "Depois do que estou vendo aqui, não posso ficar de fora", disse Ricardo Trevisan, da Triângulo, à Folha.
O que ele viu lá foi uma feira profissional, de caráter internacional, em antigos armazéns na zona portuária.
"A feira superou todas as expectativas", falou Alessandra d'Aloia, da Fortes Vilaça.
Parte do sucesso é creditado à dupla de empresários Alexandre Accioly e Luiz Calainho, que se associaram às criadoras do evento, Brenda Valansi Osório e Elisangela Valadares, há quatro meses.
"Nós fomos convidados por elas e esse foi um casamento impecável, pois elas já tinham a estrutura montada e nós entendemos de negócios", disse Accioly.
Outra razão para o sucesso é o apoio institucional. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), via Riotur, cedeu R$ 1 milhão, e o Estado do Rio não só deu mais de R$ 2 milhões como também isentou as galerias do pagamento de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) durante a feira.
"Isso foi um precedente importante, nós vamos pleitear também", disse Fernanda Feitosa, diretora da SP Arte, a feira paulistana.
Pelo sorriso na face dos galeristas ao fim do primeiro dia, o resultado foi positivo.
"Vendemos quase tudo", disse Eduardo Brandão, diretor da paulistana Vermelho e membro do comitê curatorial da feira. À boca pequena, dizia-se que o volume de vendas atingiu R$ 60 milhões.
ART RIO
ONDE Pier Mauá (Armazéns 2 e 3), zona portuária do Rio
QUANDO das 12h às 20h; até 11/9
QUANTO R$ 30
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