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Documentário sobre música brega levanta polêmica em Brasília
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AMANDA QUEIRÓS
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
A última noite da mostra competitiva de longas-metragens do 44º Festival de Brasília, realizada no domingo (2), arrebatou o público do Cine Brasília.
Tendo como pano de fundo as dores de amor que são tema da chamada música brega, o documentário "Vou Rifar Meu Coração" conquistou a plateia, que aplaudiu de pé ao fim da exibição.
O filme mistura depoimentos de compositores como Wando, Agnaldo Timóteo e Nelson Ned com falas de personagens reais dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco que já vivenciaram situações cantadas por eles.
O resultado é uma compilação de histórias saborosas -- muitas delas surpreendentes e divertidas -- que cativam facilmente quem está assistindo.
O longa, no entanto, levantou uma polêmica no debate realizado na manhã desta segunda (3). Um dos entrevistados é Lindomar Castilho, cantor romântico de sucesso nos anos 1970 (autor da música que dá nome ao filme), que matou a mulher, Eliane de Grammont, em 1981.
Em nenhum momento esse episódio da vida dele é exposto explicitamente, o que levou alguém da plateia a gritar "assassino" durante a projeção.
Rafael Borges/Divulgação | ||
Cena do documentário "Vou Rifar Meu Coração", de Ana Rieper, exibido no 44º Festival de Brasília |
No debate, a diretora Ana Rieper foi questionada repetidas vezes sobre a lacuna no depoimento. Segundo ela, a condição imposta pelo artista foi não colocar o assunto em pauta. "O filme tem muitos momentos que me incomodam, de machismo. E assim como eu queria entender esses pressupostos, que me violentam, por que eu não faria isso também com o Lindomar, que já está marcado?", justificou ela.
"Minha intenção era falar sobre violência doméstica e violência contra a mulher, mas sem entregar um direcionamento para o público. A intenção era trabalhar as ambiguidades do sentimento humano", disse.
PREMIAÇÃO
A cerimônia de premiação do 44º Festival de Brasília acontece hoje à noite e será transmitida ao vivo pela TV Brasil a partir das 20h.
O vencedor na categoria de melhor longa-metragem receberá R$ 250 mil. Além de "Vou Rifar Meu Coração", estão na disputa "As Hiper Mulheres", de Leonardo Sette, Carlos Fausto e Takumã Kuikuro, "Trabalhar Cansa", de Marco Dutra e Juliana Rojas, "Hoje", de Tata Amaral, "O Homem que Não Dormia", de Edgard Navarro, e "Meu País", de André Ristum.
A repórter AMANDA QUEIRÓS viajou a convite do festival
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