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03/10/2011 - 19h42

Médico não citou propofol no hospital que recebeu Jackson

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DA REUTERS, EM LOS ANGELES

Os médicos que tentaram em vão reavivar Michael Jackson em um hospital de Los Angeles disseram nesta segunda-feira (3) à Justiça que o cardiologista particular do cantor --agora acusado de homicídio culposo-- não lhes informou que havia administrado o anestésico propofol ao cantor como sonífero.

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Segundo os médicos do pronto-socorro do Centro Médico da UCLA, em Los Angeles, Jackson já chegou morto ao local naquele dia 25 de junho de 2009. Mesmo assim, a equipe fez prolongados esforços para reanimá-lo, até que o óbito fosse declarado às 14h26 (hora local). A autopsia estabeleceu que ele teve uma parada cardíaca decorrente de uma overdose de propofol e outros sedativos.

A promotoria diz que o médico Conrad Murray, que acompanhava Jackson durante os preparativos para uma série de shows, foi responsável involuntário pela morte dele, já que não monitorou o paciente adequadamente após lhe administrar os anestésicos.

Mario Anzuoni/Associated Press
Dr. Conrad Murray acompanha depoimentos nesta segunda-feira na segunda semana de julgamento
Dr. Conrad Murray acompanha depoimentos na segunda semana de julgamento

Murray se declara inocente, e seus advogados alegam que Jackson causou a própria morte ao tomar uma nova dose de medicamentos quando seu médico se ausentou do quarto.

"Minha avaliação quando ele chegou foi de que ele estava clinicamente morto", disse Richelle Cooper, chefe do plantão no pronto-socorro. Na ocasião, segundo Cooper, Murray só relatou ter dado o sedativo lorazepam a Jackson.

A cardiologista Thao Nguyen disse que não conseguiu fazer Murray explicar quanto tempo havia decorrido entre o uso do lorazepam e a parada respiratória. "Ele disse que não tinha noção do tempo, que não tinha relógio", disse Nguyen aos jurados.

Dois dias depois da morte de Jackson, Murray admitiu à polícia que havia administrado 25 miligramas de propofol ao músico, que estava viciado em soníferos. Com base nessas declarações, os promotores estimam que o anestésico foi injetado às 10h45.

J. Michael Flanagan, advogado de defesa, perguntou a Cooper por quanto tempo um paciente ficaria sedado depois de receber 25 miligramas de propofol, uma dose relativamente pequena. Cooper disse que o efeito duraria de sete a dez minutos, "se ele não tivesse nenhum problema médico".

A médica explicou também que, quando dá propofol a um paciente, há sempre um médico e um enfermeiro por perto, além de equipamentos para monitorar a atividade cardíaca e respiratória.

Socorristas que estiveram na mansão de Jackson disseram não ter visto esses equipamentos por lá.

Também na segunda-feira, funcionários de uma companhia telefônica relataram ao júri que Murray esteve ao celular das 10h45 - suposto horário da administração do propofol - até as 11h56, quando, segundo os promotores, ele notou que Jackson havia parado de respirar e interrompeu a ligação.

 

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