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Brasil, China e Rússia impulsionam marcas de luxo em aeroportos
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DE SÃO PAULO
Uma categoria emergente de viajantes ricos da China, Brasil e Rússia está motivando redes varejistas a ampliar sua presença em aeroportos do mundo inteiro.
Grifes como Estée Lauder e Louis Vuitton, do conglomerado de luxo LVMH, são tradicionais em aeroportos e outros locais frequentados por viajantes, mas nos últimos anos tiveram uma alta expressiva no faturamento nesse segmento.
A joalheria Tiffany pretende inaugurar neste ano uma segunda loja no aeroporto Changi, em Cingapura, e se instalar no ano que vem no novo aeroporto de Berlim, chegando assim a oito unidades.
A Hublot, fabricante suíça de relógios e também parte do LVMH, está de olho no aeroporto de Frankfurt.
A Estée Lauder, que vende produtos de beleza em quase mil lojas de aeroportos, está se espalhando para terminais domésticos em cidades menores da China e Brasil. A ideia é garantir espaço em lugares que um dia podem se tornar os principais destinos de férias desses países.
"É o momento de nos perguntarmos qual é a Saint-Tropez da China", disse o executivo-chefe Fabrizio Freda numa recente entrevista. O faturamento da Estée Lauder com viajantes teve uma alta superior ao crescimento geral da empresa.
No mundo todo, as vendas de perfumes, cosméticos e outros produtos de luxo em aeroportos, seja em lojas "duty-free" ou comuns, saltou 28,3% entre 2008 e 2011, segundo a empresa sueca de pesquisas Generation Research, que prevê um crescimento de mais 25% até 2014, chegando a US$ 44,5 bilhões.
Para efeitos de comparação, o Boston Consulting Group prevê que a venda total de artigos de luxo suba 14,5% até 2014.
O crescimento dos últimos anos foi puxado pela emergente classe média chinesa. Segundo a Associação Global de Empresas de Viagens, a China deve ganhar cem novos aeroportos na próxima década, e cidades "de segundo escalão", como Chongqing e Wuhan, estão atraindo a atenção dos varejistas.
"Os chineses adoram comprar quando viajam, faz parte da cultura", disse o presidente da Hublot, Jean-Claude Biver, observando que essa clientela tem impulsionado o faturamento das lojas da marca na Suíça.
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