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20/07/2012 - 11h52

Reunião com TIM sobre suspensão foi tensa, diz superintendente da Anatel

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DA REUTERS
DE SÃO PAULO

A reunião de quinta-feira entre a TIM Participações e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi "tensa", disse nesta sexta-feira o superintendente de Serviços Privados da agência, Bruno Ramos.

Na noite de quinta-feira, pouco após a reunião, a TIM anunciou que recorreria na Justiça contra a decisão da agência de suspender a venda de novas linhas móveis da empresa em 18 Estados, além do Distrito Federal.

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Leia a íntegra do posicionamento das empresas sobre a suspensão

Segundo Ramos, porém, a ação judicial não foi mencionada pela empresa na conversa.

"Mas eles disseram que acham que não devem ser punidos", disse Ramos em coletiva de imprensa nesta sexta-feira. "Eles têm direito de entrar na Justiça", acrescentou.

Ramos se reunirá nesta sexta-feira com representantes da Oi, também punida pela Anatel por problemas na qualidade dos serviços.

A Oi teve vendas suspensas em cinco Estados e a Claro, em três.

Segundo Ramos, na próxima segunda-feira a TIM e a Claro deverão entregar a primeira versão de seus planos de investimento, exigência da Anatel para poder suspender as punições.

A TIM e a Claro já estiveram com os técnicos da Anatel na quinta-feira e apresentaram alguns documentos, mas segundo Ramos a agência pediu números mais específicos. "Pedimos detalhamento dos indicadores, como o de queda de chamadas", disse.

CLARO

A Claro chegou a apresentar ontem seu plano de melhorias, mas a agência manteve a punição por considerar que o documento não contempla as exigências.

A Anatel considerou que era um projeto já existente. A agência exigiu das operadoras que apresentem melhorias na qualidade de rede, no complementamento de chamadas, na diminuição das interrupções dos serviços e no atendimento correspondente às reclamações dos usuários.

O presidente da empresa pediu desculpas aos consumidores.

"Aproveito o espaço para pedir desculpas às pessoas que tiveram problemas de atendimento nas passadas semanas nesses Estados, mas podem ter completa certeza que a Claro está trabalhando para resolver essa situação o mais rápido possível", disse o presidente da Claro, Carlos Zenteno, na ocasião.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

SUSPENSÃO

A decisão da Anatel afeta venda de pacotes de voz e dados e foi tomada após a agência avaliar números das três empresas pelos últimos seis meses. Um dos maiores problemas é que as chamadas são interrompidas no meio do telefonema.

Somadas, elas detêm de 70% do mercado de telefonia móvel no país.

As vendas ficarão interrompidas até que as operadoras apresentem um plano de investimento para os próximos dois anos, com metas para resolver problemas na qualidade dos serviços prestados aos consumidores.

As prestadoras deverão apresentar um plano para melhorar a prestação de serviço, detalhado por Estado, em até 30 dias. O plano deve conter medidas capazes de garantir a qualidade do serviço e das redes de telecomunicações, especialmente quanto ao completamento e à interrupção de chamadas e ao atendimento aos usuários.

A Anatel exigirá que as empresas apresentem, nos planos de ajustes, a intenção de melhorias imediatas no atendimento. A agência espera que as adaptações nas redes sejam feitas em seis meses.

A Vivo, que é a maior operadora do país, não será afetada. O mesmo ocorre com CTBC e Sercomtel. Todas as operadoras, porém, serão obrigadas a melhorar os serviços.

Como o número de queixas dos usuários da Vivo não é tão expressivo quanto nas demais, não está prevista suspensão nas vendas da empresa.

A interrupção na comercialização de novas linhas da operadora só vai ocorrer caso ela não apresente o planejamento ou caso não cumpra o acordo que fizer com a agência.

 

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