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26/07/2012 - 11h45

Governo aumenta desembolsos do PAC; grandes projetos estão atrasados

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DIMMI AMORA
GUSTAVO PATU
DE BRASÍLIA

A ministra do Planejamento, Mirian Belchior, anunciou nesta quinta-feira um aumento de 32% nos gastos do governo com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no primeiro semestre desse ano, comparado ao mesmo período de 2011.

Segundo o balanço, o programa como um todo já executou em um ano e meio R$ 324 bilhões, o que significa 34% do previsto no início do projeto.

Segundo o balanço, 30% dos projetos estão concluídos. A cerimônia contou com a presença de oito ministros, além de Mirian.

"O PAC está muito próximo de uma distribuição linear no tempo", disse Mirian Belchior em relação às execução orçamentária. "O PAC continua a sua trajetória de a cada balanço ter um desempenho melhor que o anterior".

Os números, no entanto, encobrem uma piora de desempenho justamente no foco original do programa: as obras públicas de infraestrutura destinadas a ampliar o potencial de crescimento econômico do país.

Em valores corrigidos pela inflação, as obras do PAC receberam R$ 8,4 bilhões do Tesouro Nacional no primeiro semestre, de acordo reportagem da Folha.

O valor é inferior aos R$ 9,6 bilhões do mesmo período do ano passado e, mais ainda, aos R$ 10,1 bilhões aplicados nos seis meses iniciais do ano eleitoral de 2010.

O aumento do desembolso geral do PAC é devido aos gastos com o programa Minha Casa Minha Vida, que alcançaram R$ 108 bilhões disponibilizados no semestre, segundo o governo.

O anúncio manteve a política de maquiar os dados. Obras que estão muito atrasadas, como a Ferrovia Norte-Sul, o Trem-Bala, a Transposição do São Francisco e o Arco Metropolitano do RJ, têm seus prazos de conclusão adiados e o governo mantêm nelas o selo de que estão adequadas.

O secretário de acompanhamento econômico do Ministério da Fazenda, Antonio Henrique Silveira, afirmou durante a cerimônia que a expectativa do governo é que o país voltar a crescer 4,5% já no 4º trimestre deste ano e que o PIB vai acelerar para 4,5% de crescimento no semestre seguinte.

 

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