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28/07/2012 - 07h00

Em 2009, Erenice havia pedido 'técnicos' na Anatel

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ANDREZA MATAIS
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

Então secretária-executiva-chefe de Dilma Rousseff na Casa Civil, Erenice Guerra relatou, em e-mail, a avaliação do governo Lula sobre os conselheiros da Agência Nacional de Telecomunicações.

Em 29 de setembro de 2009, José Zunga, à época membro do conselho consultivo da agência, sonda Erenice sobre uma vaga que abriria na Anatel com a saída de Plínio de Aguiar.

Ela diz que o presidente Lula já havia optado por Jarbas (Valente), atual conselheiro da agência.

Roberto Jayme - 26.ago.2010/Reuters
Erenice Guerra fala em Brasília
Erenice Guerra fala em Brasília

"O Lula o conhece, lembrou dele assessorando o PT sobre a privatização do setor de telecomunicações e até lembrou que o chamava pelo apelido, de Magrão."

E revela a razão: "Se não for um nome técnico, a Anatel perderá de vez a credibilidade. Efetivamente, o quadro dela está fraco. O João [Rezende] está se preparando, o [Ronaldo] Sardenberg não conhece o setor, a Emília [Ribeiro] também não, o [Antonio] Bedran conhece bem o marco regulatório e a saída do Plínio tira o caráter mais técnico da agência".

Dos citados, Rezende e Emília ainda estão na agência. O primeiro é o presidente da Anatel.

A conversa consta de investigação da Polícia Federal sobre tráfico de influência da Casa Civil. A PF teve acesso a todos os e-mails enviados por Erenice e os anexou ao processo --mesmo os que não tinham relação com os fatos investigados.

Erenice deixou o governo em 2009, após a Folha revelar que ela recebeu na Casa Civil, já como ministra, um empresário que negociava contratar a firma de lobby de um de seus filhos.

 

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