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31/07/2012 - 18h29

Bovespa fecha em queda, mas avança 3,2% em julho

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DA REUTERS

A Bovespa recuou nesta terça-feira, após três pregões seguidos de alta, com investidores mostrando cautela à espera de possíveis novas medidas de estímulo vindas das reuniões de bancos centrais nos Estados Unidos e Europa nesta semana.

Na sessão, o principal índice de ações brasileiras, o Ibovespa, caiu 2,0%, a 56.097 pontos, num pregão com giro financeiro de R$ 6,65 bilhões. Mas no mês, o índice acumulou alta de 3,2%, interrompendo sequência de quatro meses em queda.

O Ibovespa conseguiu registrar em julho sua primeira alta mensal desde fevereiro --graças à forte alta observado nas três últimas sessões.

"A Bolsa foi salva no fim do mês, aos 40 minutos do segundo tempo, com o Draghi [Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu] falando que fará tudo o que puder para salvar a zona do euro", disse Pablo Spyer, diretor da Mirae Securities.

Apesar do avanço, analistas mostravam pouco entusiasmo com as perspectivas para a Bovespa em agosto e apostavam que o clima de "montanha-russa", que marcou os negócios em julho, continuará forte nos mercados.

"Ainda é cedo para ficar otimista, estamos longe de uma recuperação consistente de médio e longo prazo", disse Spyer.

Segundo ele, mesmo que o Banco Central Europeu (BCE) e o Federal Reserve (banco central dos EUA) apresentem as esperadas medidas de estímulo monetário em suas respectivas reuniões nesta semana, "isso não deve ser a solução definitiva para a crise".

O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, avaliou que as eventuais medidas podem animar a bolsa, mas será "um efeito temporário e de curta duração. A Bolsa ainda vai ser um investimento de alto risco."

Rosa acrescentou que "o ganho de julho foi pequeno em relação ao risco e ainda não existem garantias de que este movimento se sustente nos próximos meses."

O cenário externo deve continuar ditando o rumo da Bovespa, com a crise na Europa, a lenta recuperação da economia norte-americana e os sinais de desaceleração da China.

"O que vai gerar mudança e uma nova tendência para a bolsa é a visão de que existirá uma revitalização na Europa", afirmou o diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso.

Em Wall Street, o índice Dow Jones recuou 0,49%, mas acumulou alta de 1% em julho. Mais cedo, o principal índice de ações europeias fechou em queda de 0,9%, mas teve alta de 4,2% no mês.

Por aqui, o tombo das ações preferenciais da Petrobras pesou no índice. O papel perdeu 3,99%, a R$ 19,50, com o mercado à espera do resultado trimestral da estatal na sexta-feira. Nos últimos cinco dias, até o fechamento da véspera, o papel acumulou alta de 7,1%.

Ainda entre as blue chips, a preferencial da Vale teve queda de 0,84%, a R$ 36,40. OGX, empresa de petróleo e gás do grupo EBX, do bilionário Eike Batista, recuou 2,92%, a R$ 5,65.

PDG Realty desabou 7,34%, a R$ 3,41, e foi a maior queda do índice. Na sequência, TIM Participações perdeu 5,84%, a R$ 8,54, após a empresa de telefonia ter reportado lucro do segundo trimestre abaixo das expectativas.

Em sentido oposto, Usiminas saltou 5,28%, a R$ 7,38, depois que a siderúrgica anunciou prejuízo trimestral menor que o esperado pelo mercado.

Fora do índice, OSX saltou 5,73%, a R$ 11,99, com o mercado apostando que Eike Batista poderá anunciar em breve o fechamento do capital da sua subsidiária de construção naval, a exemplo do que fez com LLX.

 

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