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Governo lança programa para alavancar Porto do Rio
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DENISE LUNA
DO RIO
Os governos federal, estadual, municipal e a iniciativa privada vão investir R$ 3 bilhões nos próximos três anos no Porto do Rio para potencializar as atividades econômicas relacionadas à logística portuária, tanto no setor de carga como no setor de passageiros.
Desse total, R$ 1 bilhão virá dos governos e R$ 2 bilhões da iniciativa privada.
Sem a presença dos ministros convidados --dos Portos, Leônidas Cristino, e dos Transportes, Paulo Sérgio Passos-- foi lançado na Associação Comercial do Rio de Janeiro o programa "Porto do Rio Século XXI", uma reedição do projeto lançado em 2006.
O objetivo é aumentar em até 50% a movimentação de cargas até 2015, passando da quinta para a terceira posição entre os portos do país, e possibilitar a chegada de mais navios de passageiros.
Até as Olimpíadas, a previsão é que o píer seja aumentado para receber de seis a sete navios de uma vez, que funcionarão como hotéis adicionais para o evento, disponibilizando quartos para 24 mil pessoas.
De acordo com o presidente da Autoridade Pública Olímpica, Márcio Fortes, até a Copa do Mundo (2014) metade dessa oferta estará disponibilizada.
"E depois deixaremos esse legado para a cidade, uma maior capacidade para a atracagem de cruzeiros", disse Fortes, presente no lançamento do programa.
O programa "Porto do Rio Século XXI" projeta elevar a capacidade do porto de 8 milhões de toneladas/ano transportadas em 2011 para 12 milhões toneladas/ano em 2015, com aumento da receita bruta com exportações e importações de US$ 19,6 bilhões em 2011 para US$ 37 bilhões nos próximos cinco anos.
Para possibilitar o crescimento, o projeto conta com obras no entorno para viabilizar o tráfego. Entre as intervenções, a principal é a construção da Avenida Portuária, com cerca de 3,7 km, que ligará a Ponte Rio-Niterói à Linha Vermelha e à Avenida Brasil.
A medida tem como objetivo reduzir o impacto de veículos (a maioria caminhões) na região, que deve quase triplicar, passando dos atuais 200 mil/ano para 567 mil/ano até 2020.
"Você vai ter nos próximos três anos uma quadruplicação de movimentação de caminhões, por causa da carga do Porto e do pré-sal, porque o porto é estratégico para a Petrobras", informou Fortes.
Também será necessário dragar o porto para dobrar o atual calado de sete metros, que, segundo Fortes, significará a retirada de 12 milhões de m³ de material a ser descartado, o que vem sendo objeto de negociações com órgãos ambientais do Estado do Rio de Janeiro.
"Isso está sendo discutido, está se buscando áreas para descartar esse 'bota-fora' a 15 km da costa", disse Fortes.
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