Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/09/2012 - 10h29

PF faz operação em casa e empresa de ex-administradores do Cruzeiro do Sul

Publicidade

DE SÃO PAULO

A Polícia Federal cumpriu na segunda-feira dois mandados de busca e apreensão em uma residência e em uma empresa de ex-controladores do Banco Cruzeiro do Sul. Ninguém foi preso.

Os mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, foram cumpridos numa casa na capital paulista e numa empresa no Rio de Janeiro, aparentemente utilizada para a ocultação de bens adquiridos ilicitamente.

Banco Central decreta liquidação do Cruzeiro do Sul
Entenda a liquidação
Bovespa suspende negociações com papéis do Cruzeiro do Sul

Segundo a PF, a Justiça determinou também a indisponibilidade de bens imóveis, veículos, e de recursos em investimentos bancários e no mercado financeiro de titularidade dos investigados.

O Inquérito iniciou-se em 2010 para apurar a ocultação de prejuízo e a criação de resultados positivos artificiais nas demonstrações financeiras do banco durante o ano de 2008 e o primeiro quadrimestre de 2009.
Segundo os autos, essas operações teriam levado ao pagamento indevido de dividendos a acionistas e outros valores aos controladores do Banco.

Os envolvidos foram indiciados por crimes contra o sistema financeiro: gestão fraudulenta e indução ou manutenção de investidor ou repartição pública a erro por meio de sonegação de informações ou divulgação de informações falsas; além do crime de formação de quadrilha, cujas penas variam de um a 12 anos de reclusão.

Esse inquérito foi instaurado para apurar fatos diversos aos que levaram à intervenção do Banco Central na última sexta-feira (14) no Cruzeiro do Sul e não se confundem com os que levaram à instauração de outra investigação pela Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros na Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

O inquérito encontra-se sob segredo de Justiça e, por esse motivo, a PF não pode dar mais informações.

ROMBO

O Banco Central decretou a liquidação do Banco Cruzeiro do Sul após o fracasso das negociações para a venda da instituição ao Santander.

O Cruzeiro do Sul teve um rombo contábil de R$ 3,1 bilhões e está com patrimônio negativo. A instituição tem 0,25% dos ativos do sistema financeiro nacional e 0,35% dos depósitos.

Sem um comprador, o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) recomendou a liquidação do banco, confirmada nesta manhã pelo Banco Central.

Com a liquidação, os credores terão de reclamar os pagamentos na Justiça. O FGC garante a cobertura integral de depósitos até R$ 70 mil e mais os CDBs que foram comprados com garantia especial, conhecidos como DPGE.

Segundo o Banco Central, cerca de 35% dos depósitos do Cruzeiro do Sul contam com a garantia do FGC, que deve desembolsar R$ 1,9 bilhão para as coberturas.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página