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26/09/2012 - 12h34

Sindicatos devem confirmar fim da greve dos bancários nesta quarta

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DE SÃO PAULO

Com o avanço das negociações, os trabalhadores bancários devem encerrar a greve da categoria nesta quarta-feira (26).

Assembleias ocorrem em todo território nacional, em 137 sindicatos, a partir das 18h. A orientação da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), que reúne os sindicatos da categoria, é de encerrar a paralisação, posição que deve ser referendada pelos sindicatos locais.

Bancos fazem nova proposta e comanda recomenda fim da greve
Bancários fecham 9092 agências no 4º dia de greve
Veja como contornar a greve nos bancos

Na terça-feira (25), oitavo dia de greve, a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) avaliou a nova proposta de reajuste salarial da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e recomendou a aceitação dos novos termos.

A entidade patronal aumentou a proposta de reajuste para 7,5%, com 8,5% de aumento do piso salarial e dos auxílios para refeição e alimentação, além de um aumento na PLR (Participação nos Lucros e Rendimentos) fixa de 10%.

Com a nova proposta, o aumento passa para 2% no caso dos salários e de cerca de 3% no caso do piso da categoria.

A parcela fixa da PLR passou para R$ 1.540 fixos, sendo que ela é acrescida a 90% do salário do trabalhador. Somados os dois valores, o teto passaria a ser de R$ 8.414,34 (reajuste de 10%). Além disso, a PLR adicional passaria a ter um teto de R$ 3.080, também 10% superior.

Também foram aprovadas as propostas específicas para os trabalhadores da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

No caso da Caixa, o Contraf-CUT avaliou que houve avanços importantes, como a maior participação nos lucros, a contratação de 7.000 trabalhadores até 2013, a ampliação da concessão de bolsas de estudos e a concessão de seis horas por mês para estudar na Universidade Caixa durante a jornada de trabalho.

A proposta do Banco do Brasil também foi considerada satisfatória, com conquistas como a definição de data para implantar quadro de funções comissionadas com jornada de seis horas, a adesão do banco à cláusula de combate ao assédio moral de convenção coletiva assinada com a Fenaban e o novo piso após estágio probatório de 90 dias de R$ 1.948.

NOVE DIAS PARADOS

Os bancários deflagraram a greve nacional no dia 18 de setembro, depois de rejeitarem a proposta anterior dos bancos, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais.

A greve ganhou força durante a semana passada. Enquanto a adesão foi de 5.132 agências e centros administrativos (24% das 21.713 localidades em todo o país) no primeiro dia de paralisação, esse número cresceu 77% e chegou 9.092 locais (42%) no 4º dia de greve, segundo o sindicato da categoria.

Após tentativas frustradas de negociação e acusações de que os bancos estariam sendo omissos, os representantes da categoria consideraram as propostas feitas na terça-feira (26) satisfatórias e recomendaram o fim da paralisação.

A previsão, agora, é que os bancários voltem ao trabalho a partir de quinta-feira (27).

Os bancários reivindicavam reajuste de 10,25% (5% de aumento real), além de piso salarial de R$ 2.416,38, participação de lucros de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, entre outros pedidos.

Os bancos ofereciam apenas reajuste linear de 6% (0,58% acima da inflação), aumentado posteriormente para 7,5%. Também concordaram em ampliar as concessões em relação a benefícios e pisos salariais.

SERVIÇO

Com a paralisação, a Febraban orienta os clientes a procurar um canal alternativo para realizar os serviços durante o período de greve.

Segundo a entidade, o consumidor deve ver se há a disponibilidade de fazer as operações por meio de caixas eletrônicos, internet banking, mobile banking (via celular), telefone e correspondentes bancários --casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.

VEJA ONDE REALIZAR CADA TIPO DE SERVIÇO DURANTE A GREVE

Operação bancária Caixa Eletrônico Banco 24 Horas Internet APP Celular Telefone Correspondente Bancário Débito Direto Autorizado Débito Automático
Pagamentos X X X X X X X X
Saques Conta Corrente/Poupança X X
Consulta a Saldo/Extrato X X X X X
Depósitos X X
Transferência X X X X X
Contratações X X X X X
Recebimento de benefícios X X
Talões de cheque X X X
Bloqueio/Desbloqueio de Cartões X X X X
Investimentos X X X X
Recarga de Celular X X X X X

SAQUES

Caso o cliente queira fazer saques acima de R$ 1.000 --o máximo permitido por dia em caixas eletrônicos--, poderá fazer transferências por meio de DOC (o documento de crédito) ou TED (transferência eletrônica disponível) nas próprias máquinas, pela internet, pelo telefone e até mesmo no aplicativo do banco pelo celular.

Por meio dessas operações, é possível realizar transferências envolvendo dois bancos distintos.

Segundo o Procon-SP, nesses casos pode haver ainda atendimento emergencial nas agências ou o banco pode aumentar o limite de saque nos próprios caixas eletrônicos.

Se o cliente tiver algum prejuízo em virtude de não conseguir sacar o valor que precisa, poderá acionar o banco posteriormente, já que a entidade é a responsável pelos danos causados em função da interrupção dos serviços.

Caso o consumidor solicite uma alternativa de pagamento e as empresas não a disponibilizem, ele deve documentar a tentativa frustrada de quitar o débito, podendo registrar uma reclamação junto ao Procon.

De acordo com a entidade, o consumidor não pode ser prejudicado por problemas decorrentes da greve, uma vez que a responsabilidade do banco pelos prejuízos causados aos consumidores decorre do risco de sua atividade e não pode, a pretexto de greve, ser repassado ao consumidor.

PIS, FGTS E SEGURO-DESEMPREGO

A Caixa Econômica Federal diz que disponibilizará toda a sua rede de agências, casas lotéricas, postos de atendimento bancário, terminais de atendimento eletrônico e correspondentes bancários para garantir o atendimento durante a greve.

No caso de saque de seguro-desemprego, PIS e FGTS, o trabalhador poderá fazer as operações em um casa lotérica ou em um correspondente bancário.

Em caso de novos pedidos, a trabalhador terá que procurar uma agência aberta ou, caso não encontre, deverá entrar em contato com a Caixa para buscar uma forma alternativa.

ATENDIMENTO EM LOTÉRICAS

O atendimento nas lotéricas é feito das 8h às 18h, exceto nas localizadas em estabelecimentos como shoppings e supermercados, que costumam ficar abertas até as 19h ou até o horário estipulado pelo regulamento interno dos locais.

Boletos bancários da Caixa Econômica Federal podem ser pagos em qualquer dia do mês. Já as contas emitidas por outros bancos só são aceitas pelos atendentes das lotéricas se estiverem dentro do prazo de vencimento e se não ultrapassarem valores maiores do que R$ 700.

COOPERATIVAS

Os associados de instituições financeiras que atuam no modelo de cooperativa de crédito poderão utilizar os serviços normalmente, já que essas instituições não tiveram adesões à greve. Apesar de oferecerem os mesmos serviços dos bancos, as cooperativas de crédito não são vinculadas aos sindicatos dos bancários.

De acordo com o Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil), clientes de outros bancos poderão pagar contas de água, luz, telefone, boletos bancários, carnês, IPVA e todos os tributos com códigos de barra que ainda estejam no prazo de vencimento em qualquer ponto de atendimento do sistema.

O Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo) também afirma que todas as operações seguem ocorrendo em seu sistema, como saques, depósitos, pagamentos, poupanças, investimentos e outros.

 

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