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26/09/2012 - 13h48

Procuradoria aponta más condições de trabalho em obras de Viracopos

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DE CAMPINAS

Iniciadas há apenas um mês, as obras de ampliação do aeroporto de Viracopos, em Campinas, concedido à iniciativa privada neste ano, têm problemas nas condições de trabalho, segundo o Ministério Público do Trabalho.

O órgão realizou fiscalização no local nesta terça-feira (25) em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego e apontou problemas como ausência de água para os trabalhadores, refeitórios sem cadeiras para todos e menos banheiros do que o recomendado.

Segundo os fiscais, os pontos de energia ativa também não estão devidamente indicados, o que traz risco aos funcionários. Uma caixa d'água foi interditada por falta de segurança no acesso.

O procurador do Trabalho Mário Gomes afirmou que a situação preocupa. "Espanta ver uma obra dessa repercussão já apresentar esse tipo de problema e desorganização, ainda mais sabendo que o número de trabalhadores vai crescer tanto", disse.

As obras do novo terminal de passageiros, a cargo da concessionária Aeroportos Brasil, empregam hoje cerca de 300 funcionários, número que deverá chegar a 3.000 em meados de 2013.

Segundo Gomes, os funcionários estão registrados, uniformizados e com equipamentos de segurança, mas a maioria disse que não recebe água e que apenas um dos três banheiros funciona.

"Não há itens básicos como papel higiênico ou sabonete e a área de vestiário não está pronta. As empresas já deveriam ter providenciado isso antes", afirmou.

Atualmente, a concessionária executa o preparo do terreno e terraplenagem.

Com a ampliação, que deve ser entregue até maio de 2014, Viracopos vai poder receber 14 milhões de passageiros por ano. Devem passar pelo aeroporto neste ano nove milhões de pessoas.

O governo federal realizou neste ano o primeiro leilão de concessão de três aeroportos até então administrados pela Infraero: Campinas, Brasília e Guarulhos (Cumbica).

O consórcio vencedor de Viracopos é formado por três empresas: Triunfo Participações e Investimentos S.A. (45%), UTC Participações S.A. (45%) e Egis Airport Operation (10%).

A Aeroportos Brasil informou que só se pronunciará após receber o laudo oficial com as constatações da fiscalização.

(MARÍLIA ROCHA)

 

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