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Cai o percentual de endividados em setembro, indica Fecomercio
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DO VALOR
Depois de atingir o maior nível do ano em agosto, o percentual de famílias endividadas na cidade de São Paulo recuou em setembro.
Os dados são de pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
No mês passado, 51,5% das famílias possuíam algum tipo de dívida, frente aos 53,5% apurados em agosto. Apesar da queda, há três meses que o patamar de famílias endividadas fica acima de 50%. Na mesma época do ano passado, 42,5% estavam nessa situação.
Em números absolutos, o total de famílias endividadas recuou de 1,919 milhão, em agosto, para 1,846 milhão em setembro. No mesmo mês de 2011, o número de endividados era de 1,523 milhão.
O número de famílias com contas em atraso apresentou queda de 2,4 pontos percentuais em relação ao mês passado, registrando 12,8% de famílias inadimplentes. O valor é o menor desde fevereiro deste ano, quando 12,1% das famílias tinham contas atrasadas.
Esse dado mostra, de acordo com a Fecomercio-SP, que o consumidor que estava com dificuldade para quitar as dívidas contraídas no inicio do ano está conseguindo liquidá-las.
Entre as famílias inadimplentes, 48,2% têm contas vencidas há mais de 90 dias; 25,5% têm contas atrasadas entre 30 e 90 dias; e 24,7% estão com contas pendentes há até 30 dias.
TIPOS DE DÍVIDAS
Em setembro, a pesquisa apontou que o principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito (72,6%), seguido por financiamento de carro (23,4%), carnês (14,5%), financiamento de casa (10,7%) e crédito pessoal (9,8%).
Os destaques ficaram por conta dos financiamentos de carro e de imóveis, que cresceram 8,53 pontos e 2,5 pontos, respectivamente, alcançando os maiores níveis desde janeiro de 2010.
O aumento no financiamento de carro se deve, em grande parte, à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e dos juros para novos financiamentos. Já o índice elevado de financiamento de imóveis pode ser explicado pelas facilidades oferecidas, como entrada reduzida e parcelas de baixo valor, medidas que têm estimulado os consumidores de menor renda a comprar imóveis.
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