Setor de bebidas crescerá entre 3% e 6% até 2014, diz agência Moody's

A perspectiva para a indústria de bebidas global é estável, mantendo um crescimento dos lucros entre 3% e 6% nos próximos 12 a 18 meses, afirmou a agência de classificação Moody's nesta sexta-feira (9).

O crescimento, segundo a entidade, será sustentando sobretudo pelos mercados emergentes.

A agência afirma que fabricantes de refrigerantes, como a Coca-Cola, PepsiCo e Dr Pepper, além de empresas que produzem cervejas e vinhos, poderão continuar a elevar preços sem afetar dramaticamente os volumes de vendas.

No entanto, a Moody's aponta que as vendas podem ser prejudicadas em partes da Europa, ficando abaixo dos patamares históricos.

Adriano Vizoni/Folhapress

Bebidas em padaria de São Paulo

Os riscos regulatórios e atrelados aos preços das commodities também devem aumentar no próximo ano, diz a agência.

Na Rússia, crescem as preocupações com o excesso de uso de álcool, enquanto em Nova York e na França novos impostos incidirão sobre bebidas com adição de açúcar, principalmente refrigerantes, como forma de evitar a obesidade da população.

Por sua vez, o preço das commodities deve continuar em leve alta. Os repasses, provavelmente, não serão suficientes e a saída será apertar os custos para compensar a diferença, sugere a Moody's.

A agência aponta para o bom desempenho em países emergentes como China, Índia e partes da América Latina, mas não no mesmo ritmo anterior. Ainda pondera que as vendas de vinhos devem seguir altas em países desenvolvidos.

Segundo a Moody's, a recuperação econômica deve levar as marcas mais caras de volta à preferência dos consumidores, ao mesmo tempo em que a classe média garantirá o bom desempenho de marcas premium como Diageo, Pernod Ricard, Bacardi e Brown-Forman.