Na contramão do setor, ação da Eletrobras sobe pelo 3º dia

Na contramão das empresas de energia elétrica afetadas pela medida provisória 579, que antecipa a renovação das concessões do setor que vencem entre 2015 e 2017, a Eletrobras viu suas ações preferenciais (sem direito a voto) recuperarem parte das quedas das últimas semanas.

Ação da Eletrobras despenca 47% em 5 pregões e volta ao preço de 2003
Ação preferencial da Eletrobras tem pior queda da história
Companhias elétricas 'perdem' 28% do valor na Bolsa

Os papéis preferenciais da companhia subiram 3,37% nesta terça-feira (27) e acumularam alta de 13,56% nos últimos três pregões na Bovespa, após registrar o maior tombo da história na quarta e despencar 47% em cinco pregões consecutivos na quinta.

As ações ordinárias (com direito a voto) da companhia, assim como as preferenciais e as ordinárias de Cesp, Cemig e Copel, fecharam em baixa hoje. A ordinária da Eletrobras caiu 0,44%; a preferencial e a ordinária da Cesp registraram queda de 6,08% e 1,31%, respectivamente; da Cemig, 3,17% e 3,26%; e da Copel, 0,26% e 0,72%.

Os papéis ordinários da Cteep também fecharam em alta, de 1,82%.

PESO DA ELETROBRAS

As cinco quedas consecutivas ocorreram a partir do aviso da Eletrobras de que renovaria suas concessões conforme os planos do governo. A decisão ainda precisa ser referendada na assembleia geral extraordinária marcada para 3 de dezembro --um dia antes do prazo estipulado pelo governo para que as concessionárias assinem os novos contratos.

A Eletrobras é essencial para os planos do governo de reduzir a conta de luz dos consumidores em 16,2% e das empresas em até 28%. A companhia responde por 67% de toda a geração de energia incluída no pacote de renovação antecipada das concessões.