PM retira sindicalista de canteiro de obra de Belo Monte (PA)

A Polícia Militar do Pará retirou na noite de ontem (9) um sindicalista de dentro de um dos canteiros da obra da hidrelétrica de Belo Monte, na região de Altamira, sudeste do Estado.

Antônio Francisco de Jesus, 42, coordenador do Sindicato da Construção Civil de Belém, coordenava uma paralisação parcial dos operários desde o dia anterior.

Segundo a central sindical Conlutas, ligada ao PSTU, ele se negava a assinar uma notificação judicial sobre a proibição de sua permanência dentro da obra. Jesus disse que um oficial de Justiça lhe acompanhou na saída do canteiro.

Com a retirada do sindicalista, a central afirma que os 5.000 operários paralisaram as atividades no canteiro.

A Conlutas vem promovendo paralisações de operários na obra, em meio ao período da data-base da categoria. O movimento teve início na última sexta-feira (5), no canteiro de obras denominado Pimental. Durante o final de semana a Justiça proibiu a permanência de dois sindicalistas no local, o que acabou motivando o fim do protesto.

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Na segunda-feira (8), a central iniciou a manifestação no canteiro (sítio) denominado Belo Monte.

Os operários reivindicam o pagamento de 40% de adicional de insalubridade e periculosidade sobre os salários. Reclamam ainda da qualidade da alimentação e da constante presença de policiais da Força Nacional armados nos canteiros.

O consórcio responsável pela obra não abriu negociações sob o argumento de que a central não representa a categoria. Diz que apenas 150 funcionários estão parados em Belo Monte.

O Sintrapav-PA, entidade sindical reconhecida como interlocutora pelo consórcio, afirma que a Conlutas não tem a representação legal dos trabalhadores da hidrelétrica. Disse que as reivindicações estão sendo negociadas com o consórcio.