Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/04/2013 - 16h18

Greve continua em Jirau e Santo Antônio; Belo Monte tem briga entre sindicatos

Publicidade

DA REUTERS

A greve de trabalhadores das usinas Santo Antônio e Jirau completa mais uma semana, segundo os consórcios construtores, enquanto em Belo Monte as atividades voltaram à normalidade nesta quinta-feira (11).

Nas duas hidrelétricas no rio Madeira, em Rondônia, os trabalhadores estão em greve desde terça-feira passada por um reajuste de 18% nos salários. Eles já rejeitaram proposta de reajuste de 10% nos salários e cerca de 15% no valor destinado à cesta básica.

A greve atinge cerca de 13 mil funcionários em cada usina.

Segundo representante do Sticcero (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia) Raimundo Enelson, há previsão de uma assembleia com trabalhadores das hidrelétricas amanhã.

Ambas as usinas estão entre os principais projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Quando estiverem totalmente concluídas, Santo Antônio terá potência total de 3.150 megawatts (MW) e Jirau, de 3.750 MW.

A hidrelétrica Santo Antônio já tem 12 turbinas em operação, no total de 852,5 MW de capacidade instalada. O consórcio responsável pela usina é o Santo Antônio Energia, formado por Eletrobras Furnas, Caixa Fip Amazônia Energia, Odebrecht Energia, Andrade Gutierrez e Cemig.

Jirau é de responsabilidade da empresa Energia Sustentável do Brasil, formado por GDF Suez, Eletrosul e Chesf.

BELO MONTE

A hidrelétrica Belo Monte é um empreendimento da Norte Energia, empresa que tem entre os acionistas a Eletrobras, os fundos Petros e Funcef, a Neoenergia, a Cemig e a Light. A planejamento é a usina entrar em operação em 2015 e ter cerca de 11 mil megawatts (MW) quando estiver totalmente concluída.

As atividades em Belo Monte ocorriam normalmente hoje, após cerca de 150 funcionários cruzarem os braços na sexta passada, segundo o consórcio construtor da usina. A paralisação afetou atividades de 1.500 a 2.000 funcionários da usina, na qual trabalham 22 mil funcionários atualmente, e foi motivada pela Central Sindical e Popular Conlutas.

A Conlutas lista 35 reivindicações que foram entregues ao CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte), entre elas 40% de adicional por confinamento, desfiliação geral do Sintrapav (sindicato que atualmente representa os trabalhadores da usina) e equiparações salariais.

Ela diz também que houve desaparecimento de um operário da usina e que há repressão pela Força Nacional contra os trabalhadores em greve.

BRIGA ENTRE SINDICATOS

O CCBM não negocia com a Conlutas por não ser o sindicato oficial dos trabalhadores.

O líder sindical da Conlutas Walter Silva Santos disse que o CCBM demitiu centenas de funcionários que entraram em greve, mas o consórcio disse, por sua vez, que não houve demissão em massa --apenas demissões e contratações de rotina na obra.

O diretor do Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores de Construção Pesada do Pará), Weubio Cesar, disse que o sindicato repudia o movimento liderado pela Conlutas.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página