Carros elétricos e híbridos vão pagar IPI de modelo popular, diz ministro

Crédito: Avener Prado/Folhapress SAO PAULO, SAO PAULO, BRASIL, 03-08-2016: Toyota Prius, veiculo híbrido, fotografado na garagem da Folha. (Foto: Avener Prado/Folhapress, VEICULOS) Código do Fotógrafo: 20516 ***EXCLUSIVO FOLHA***
Híbrido Toyota Prius, que, com redução do IPI, terá preço cortaro de R$ 126 mil para R$ 118 mil

EDUARDO SODRÉ
COLUNISTA DA FOLHA

Carros elétricos e híbridos terão IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido de até 25% para 7%, mesma alíquota aplicada sobre carros com motor 1.0.

A medida foi confirmada pelo ministro interino da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Jorge, durante evento promovido pela Toyota nesta terça (23), em São Paulo. A montadora comemora 60 anos de atividades no Brasil.

De acordo com o ministro, o anúncio deverá ser feito no fim deste mês ou no começo de fevereiro.

Modelos como o elétrico BMW i3 (R$ 160 mil), que paga 25% de IPI, serão os mais beneficiados.

Segundo executivos da Toyota, o híbrido Prius, que hoje tem imposto dentro da faixa de seu motor 1.8 a gasolina (alíquota de 13%), terá preço reduzido assim que a redução for colocada em prática.

O carro, que custa hoje R$ 126 mil, deverá ser vendido por R$ 118 mil.

Esses modelos já chegam ao Brasil isentos dos 35% de Imposto de Importação.

Marcos Jorge disse também que os detalhes do programa Rota 2030, que estabelecerá novas regras para o setor automotivo, serão divulgados até o fim de fevereiro.

Contudo, tal divulgação não significa a imediata implementação do programa. Deverá haver um período de transição e ainda há pontos em discussão no Ministério da Fazenda, que reluta em conceder benefícios fiscais às montadoras.

O Ministério da Indústria defende que os incentivos baseados nos avanços em pesquisa e desenvolvimento trarão mais receita para o país, compensando a redução de tributos.

O Rota 2030 deverá ter metas de eficiência energética divididas em três ciclos: o primeiro vai até 2022, o segundo de 2022 a 2027 e o terceiro de 2027 a 2032.

Para evitar problemas com a OMC (Organização Mundial do Comércio), importadores terão acesso aos mesmos benefícios que as marcas que produzem no país, desde que também atendam às metas de pesquisa e desenvolvimento que serão estipuladas.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.