Publicidade
Publicidade
Novo governo britânico detalha primeiros cortes no gasto público
Publicidade
DA FRANCE PRESSE, NO REINO UNIDO
O ministro das Finanças britânico, George Osborne, e o secretário de Estado do Tesouro, David Laws, apresentaram nesta segunda-feira os detalhes de um primeiro pacote de cortes do gasto público no valor de 6,2 bilhões de libras (US$ 8,9 bilhões, 7,2 bilhões de euros) para reduzir o enorme deficit do país.
Osborne expressou sua satisfação em uma coletiva de que, em apenas 15 dias, o governo de coalizão entre conservadores e liberais democratas tenha "desmontado ponto por ponto os argumentos" dos que pensavam que era prematuro realizar esse tipo de corte orçamentário ou o viam como algo impossível.
"É a primeira vez que este governo anuncia decisões difíceis sobre o gasto público, mas não a última", acrescentou.
Este primeiro pacote de medidas será seguido em 22 de junho de um novo orçamento para o ano fiscal, que se conclui no final de março de 2011, e de uma revisão completa do gasto público para o próximo outono europeu.
Dos 6,2 bilhões de libras, 5,7 bilhões de libras serão dedicados à redução do deficit público que alcançou 156,1 bilhões de libras no ano passado, ou seja, 11,1% do PIB, o que o converte proporcionalmente num dos maiores da União Europeia e no maior em termos absolutos. Os outros 500 milhões de libras serão reinvestidos, principalmente na formação e na moradia social.
Os ministérios da Defesa, Saúde e Desenvolvimento Internacional também deverão cortar gastos, mas poderão reinvestir internamente estas somas.
O ministério mais afetado é o da Empresa, dirigido pelo liberal democrata Vince Cable, que deve economizar 836 milhões de libras.
"Trata-se de enviar uma onda expansiva pelos ministérios e instaurar controles draconianos sobre certos tipos de gastos", resumiu o secretário de Estado do Tesouro, ao lado de Osborne.
Osborne assinalou que o Reino Unido "está agora na vanguarda da responsabilidade orçamentária", determinação que espera que seja apreciada pelos investidores estrangeiros.
Estas palavras agradaram à CBI, a primeira organização patronal do país. Seu diretor-geral, Richard Lambert, observou que, "como o setor privado atuou energicamente para baixar seus custos durante a recessão, o setor público deve fazer o mesmo".
Michael Saunders, economista do Citigroup, assinalou que 6,2 bilhões de libras de economia "não deverão fazer descarrilar a economia": representam apenas 1% do gasto público e 0,4% do PIB.
Mas esta visão macroeconômica não leva em conta o futuro imediato dos organismos e funcionários afetados. Entre os primeiros, vários expressaram seus temores nesta segunda, enquanto que os sindicatos alertaram para um possível aumento da taxa de desemprego depois dessas medidas.
O ex-ministro das Finanças trabalhista, Alistair Darling, pediu, por sua parte, que a coalizão diga claramente "que impacto real terão estas medidas sobre as empresas e famílias".
Em relação aos lares, o pior ainda está por vir. Os economistas acreditam que as altas dos impostos serão inevitáveis no orçamento de junho.
+ notícias sobre a crise na europa
- Economia global pode lidar com problemas da Europa, diz Geithner
- Berlusconi apoia redução de deficit defendida pela UE
- Parlamento alemão aprova sua parte no pacote de resgate ao euro
+ NOTÍCIAS DE MERCADO
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice