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Decisão sobre a venda da Vivo está nas mãos de Lisboa, diz acionista
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DA REUTERS, EM LISBOA
A parceria da Portugal Telecom com a Telefónica se esgotou e a empresa portuguesa deve vender sua participação na Vivo, afirmou o BES (Banco Espírito Santo), importante acionista do grupo português, nesta sexta-feira.
Segundo a agência oficial de notícias de Portugal, a "Lusa", Ricardo Salgado, presidente-executivo do BES, afirmou que a Portugal Telecom tem que usar os recursos da venda para preparar novas parcerias com grupos brasileiros.
Estado português se mantém contra proposta da Telefónica pela Vivo
Ação da Portugal Telecom cai com incerteza sobre Vivo
A Telefónica ofereceu 7,15 bilhões de euros pela parte da Portugal Telecom na Vivo.
O executivo, segundo a agência, disse que aguarda ansiosamente a decisão do conselho da Portugal Telecom, que se reúne hoje para decidir sobre a oferta da Telefónica, mas acrescentou que após o uso da golden share pelo governo português para vetar a operação no mês passado, "a decisão está mais nas mãos do governo".
O governo português reiterou na manhã desta sexta-feira que mantém o veto, por meio da golden share, à venda.
ENTENDA O CASO
A Telefónica da Espanha divide o controle da Brasilcel, dona da brasileira Vivo, com a Portugal Telecom. Em maio, a espanhola (que também detem participação na PT) fez uma proposta de 5,7 bilhões de euros pelos 30% da parte que a PT detém na Brasilcel. A portuguesa não quis vender sua participação e a Telefónica pressionou o mercado aumentando duas vezes a proposta até chegar em 7,15 bilhões de euro na véspera da assembleia da PT, ocorrida no dia 30 de junho.
Nesta assembleia, a comissão de valores de Lisboa vetou que os acionistas da Telefónica votassem, por serem acionistas na PT, devido ao conflito de interesses envolvido na questão. Mesmo sem a participação da espanhola na assembleia, a maioria dos acionistas concordou com a venda do percentual da Vivo à Telefónica. Após essa decisão, o governo de Portugal utilizou suas 500 ações golden share (com poder de veto em negociações estratégicas) para impedir a venda.
Desde então, a CE (Comissão Europeia) e os mercados espanhol e português vêm discutindo a legitimidade da atitude do governo português, que segundo a CE, contraria os aspectos democráticos das negociações.
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