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FMI afirma que setor bancário americano ainda é "vulnerável"
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DA EFE, EM WASHINGTON
O FMI (Fundo Monetário Internacional) alertou nesta sexta-feira que o setor bancário americano ainda é "vulnerável" e precisará de capital adicional para conceder empréstimos quando a demanda de crédito voltar a crescer.
O Fundo, que publicou as conclusões de sua revisão da economia dos Estados Unidos no relatório conhecido como "Artigo IV", destacou que a estabilização fiscal e a implementação de reformas no setor financeiro são as tarefas prioritárias no país.
A publicação do relatório coincide com a divulgação de uma análise sobre a estabilidade do sistema financeiro americano.
A análise destaca que ainda há "grandes riscos" para o sistema e sua capacidade para respaldar o processo de recuperação em andamento.
Nesse sentido, o estudo menciona que os balanços ainda são "frágeis" e os níveis de capital poderiam ser "inadequados" em caso de aumento da inadimplência nos empréstimos.
Segundo o FMI, a economia e o sistema financeiro seguem sendo "vulneráveis" perante um inesperado enfraquecimento da demanda do setor imobiliário, que ainda segue em baixa.
Nos últimos meses, lembra o organismo, também ficaram claros tanto em nível interno quanto internacional "os maiores riscos de forte deterioração nas percepções sobre o risco soberano".
O FMI, que prevê que os EUA crescerão 3,3% este ano e 2,9% em 2011, destaca em seu "Artigo IV" que a recuperação econômica continua, mas alerta sobre os riscos e incertezas pendentes.
Ressaltou, nesse sentido, a revisão para baixo do crescimento do primeiro trimestre, que segundo o cálculo final ficou situado em 2,7%, contra os 3,2% estimados inicialmente.
Os analistas do Fundo também assinalaram em nota no último dia 22, publicada após a conclusão do relatório, que os dados mais recentes indicam queda na confiança dos consumidores e fraqueza no mercado de trabalho.
A isso se soma a menor atividade no setor imobiliário após a conclusão dos incentivos aprovados para a compra de imóveis para ajudar o país a sair da crise, além da aversão ao risco, que ainda impera no setor financeiro.
O FMI prevê que a taxa de desemprego nos EUA chegará a 9,7% este ano e 9,2% em 2011, e adianta que a inflação será de 1,6% em 2010 e 1,1% em 2011.
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